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Rener Gracie: “Humildade é crucial”

O faixa preta, membro da lendária família do jiu-jítsu brasileiro, explica no livro 'Os 32 Princípios' como aplicar os ensinamentos da luta ao cotidiano

Por Diego Alejandro
20 jan 2024, 08h00

O que diria a respeito das qualidades do jiu-jítsu para alguém que nunca teve contato com o esporte? O jiu-­jítsu é capaz de reprogramar uma pessoa a cada instante. Na prática, se dois sujeitos estão lutando, um em cima do outro, na maioria das vezes quem está ganhando é quem está no chão. Somos ensinados a ser efetivos nas piores situações. O oponente que você achava invencível é derrotável, e seu corpo, que você achava incapaz, está apto a realizar qualquer técnica.

Mas é possível aplicar essas observações a qualquer realidade da vida? Sim. O livro Os 32 Princípios (Editora Intrínseca), que acabo de lançar, contém 32 ensinamentos para resolver problemas, não importa quais sejam. De Mark Zuckerberg, o criador do Facebook e praticante da modalidade, a uma criança ou uma dona de casa, todos temos problemas. O que o jiu-jítsu ensina é como navegá-los. Eu conheço mil técnicas de luta, mas às vezes me encontro em situações nas quais não sei o que fazer.

E o que faz quando não sabe o que fazer? Nesses momentos, recorro aos princípios do jiu-jítsu. Cada problema é uma solução esperando a hora de ser descoberta.

E qual dos 32 princípios elencados no livro merece relevo especial? Depende. Sendo pai de família, elejo o Princípio da Aceitação, que nos ajuda a assimilar que há coisas que podem ser mudadas e outras, não. Como empresário, me apego ao Princípio do Rio, com o qual aprendemos a fluir. Humildade é crucial, algo que aprendi desde pequeno, porque, numa família de lutadores, sempre haverá alguém melhor que você. Quando era mais jovem, eu me sentia pressionado por mim mesmo, até para me encaixar na arte marcial. Depois percebi que ser um Gracie é uma oportunidade, e não um fardo.

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O trabalho, de algum modo, pode servir de autoajuda — mas auxilia quem tem pouco contato com o tatame? Para receber os benefícios, sim, é preciso ser um praticante da arte. Mas insisto: todos podem viver com a eficiência de um faixa preta. Por isso, quando comecei os contatos com a editora, bati o pé e disse que só escreveria se os leitores pudessem vivenciar o jiu-jítsu de verdade. Assim, no início de cada capítulo, há um QR code que, ao escanear com o celular, direciona para um vídeo. Nele, eu ensino a execução da luta, com calma e didatismo, de modo que o leitor tenha alguma base ao adentrar na aplicação ao cotidiano.

Publicado em VEJA de 19 de janeiro de 2024, edição nº 2876

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