O finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari, falou abertamente sobre um assunto que costuma incomodar os pilotos: o jogo de equipes da Fórmula 1. Em entrevista coletiva do GP do Azerbaijão, que acontece no próximo domingo, Raikkonen admitiu a possibilidade de ajudar o parceiro Sebastian Vettel a conquistar o título, caso seja preciso.
Ao longo da história, a escuderia italiana – assim como as adversárias – recorreu diversas vezes ao auxílio do segundo ao primeiro piloto, como nos casos marcantes envolvendo os brasileiros Rubens Barrichello e Felipe Massa. A última polêmica ocorreu no GP de Monaco, em maio, no qual Raikkonen largou na pole position e por pouco não venceu a prova – foi ultrapassado nos boxes por Vettel. O finlandês garante que a mudança de posições não foi proposital, mas admite ajudar o alemão no futuro.
“As regras internas da equipe são claras. Estamos autorizados a correr, mas temos de fazer o que o time pede. Não tenho interesse em falar aqui o que discutimos dentro da equipe, mas quando estiver matematicamente fora da briga, vou ajudar meu parceiro. A primeira coisa é garantir que as duas Ferraris estejam na frente e, se posso ajudar Seb, vou tentar fazer isso. O principal é que a Ferrari vença”, disse Raikkonen nesta quinta-feira.
Vettel lidera o Mundial com 141 pontos, contra 129 de Lewis Hamilton e 93 de Valtteri Bottas, ambos da Mercedes. Raikkonen, que não vence uma corrida desde 2013, é o quarto com 73, já longe da disputa pelo título. O jogo de equipe já favoreceu o finlandês: em 2007, ano em que conquistou seu único título, Raikkonen viu o brasileiro Felipe Massa abrir espaço pare ele vencer o GP do Brasil e superar Lewis Hamilton e Fernando Alonso na prova final.
“Nada mudou e sabemos exatamente como são as coisas. Sempre foi assim nas equipes por onde passei. (…) Seb e eu não temos problemas com isso, é uma decisão muito fácil para todos nós”, completou o sincero Raikkonen.