Thaméa Danelon, procuradora do Ministério Público Federal (MPF-SP) que é uma das responsáveis pela Operação Águas Claras, que levou à prisão dirigentes da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), revelou que o trabalho de investigação de corrupção na entidade ainda não terminou. Segundo ela, uma nova fase da operação pode ser colocada em prática, com a possibilidade de mais prisões.
“Possivelmente, sim, haverá outras fases. São muitos documentos chegando até nós, há muitas apurações a serem feitas. Inclusive já recebemos algumas denúncias depois das prisões”, disse a procuradora nesta sexta-feira, em entrevista à TVeja.
Nesta quinta-feira, foram presos o ex-presidente da CBDA Coaracy Nunes, o diretor-financeiro Sérgio Lins de Alvarenga e o coordenador do polo aquático, Ricardo Cabral. Eles são acusados de envolvimento em um esquema que teria desviado 40 milhões de reais em verbas da entidade.
A Operação Águas Claras tem como base denúncias de atletas, ex-atletas e empresários do ramo esportivo. Segundo Danelon, é importante que mais denúncias surjam para que o Ministério Público desvende outros esquemas de corrupção.
“É importante que todos os que saibam de irregularidades denunciem, não podemos começar uma investigação sem algo concreto. No momento, estão começando a chegar denúncias de outras modalidades.”