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O show das mulheres na Olimpíada de Tóquio

Em meio ao melancólico vazio das arquibancadas, efeito da pandemia, uma nova chama brilhou intensamente: foram Jogos marcados por destaques femininos

Por Luiz Felipe Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 dez 2021, 08h23 - Publicado em 23 dez 2021, 06h00

A Olimpíada de Tóquio ficará para sempre marcada como a primeira sem a presença de torcedores e a única realizada em ano ímpar, com doze meses de atraso, em razão da pandemia que por pouco (e contra a vontade da maioria dos japoneses) não causou o cancelamento do evento. Em meio ao melancólico vazio das arquibancadas, uma nova chama brilhou intensamente. Foram os Jogos das mulheres, um retrato histórico e fiel das mudanças da sociedade. Em 2021, elas representaram 48,8% do total de atletas — foi a maior participação feminina da história. Antes da disputa, os olhos do mundo estavam voltados para Simone Biles, a genial ginasta americana alçada ao posto de estrela global depois de dominar o esporte nos últimos anos. Ela decepcionou no tablado, mas esbanjou coragem e humanidade, duas das bases do espírito esportivo, ao desistir de diversas provas devido a um quadro depressivo. Foi uma atitude inédita, que jogou luz sobre a questão da saúde mental — e que afeta homens e mulheres, ressalte-se. Na ausência de Biles, outra graciosa ginasta de pele negra e radiante sorriso roubou a cena. De Guarulhos para o mundo, Rebeca Andrade levou o Baile de Favela à capital japonesa e tornou-se a primeira brasileira a ganhar duas medalhas (ouro no salto e prata no individual geral) em uma mesma edição. Do topo do pódio, a atleta de 22 anos se lembrou de Biles. “Fiquei orgulhosa dela. Atleta é um humano, não um robô”, disse Rebeca, com jeito de menina e firmeza de mulher.

A caçula da delegação brasileira também brilhou em Tóquio. A maranhense Rayssa Leal, de apenas 13 anos, manteve o país vidrado madrugada adentro na estreia do skate como modalidade olímpica. Como se estivesse brincando com as amigas no parque, a Fadinha do Maranhão, de aparelho nos dentes, deu um show de manobras — e de carisma — e terminou com a prata no street. De quebra, clamou por igualdade de gênero: “Skate não é só para meninos”. Rebeca e Rayssa são novos ídolos nacionais e exemplos para uma legião de meninas talentosas e engajadas. Os Jogos de Paris, em 2024, estão logo aí. Quem sabe para celebrar as novas rainhas do esporte.

Publicado em VEJA de 29 de dezembro de 2021, edição nº 2770

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