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O Élysée por dentro: Macron dá as boas-vindas olímpicas

Em encontro com a imprensa, o presidente apresentou-se patriótico, enaltecendo os Jogos e a gastronomia local

Por Monica Weinberg, de Paris
Atualizado em 22 jul 2024, 14h13 - Publicado em 22 jul 2024, 14h09

Erguido no século XVIII, a era das mansões ornadas em Paris, o Palácio Élysée abrigou, nesta segunda-feira 19, um evento em que o presidente Emmanuel Macron deu boas-vindas à imprensa, já maciçamente na cidade para a Olimpíada. Sem tocar na espinhosa costura política em que está metido em paralelo, ele aproveitou o holofote ao lado do presidente do COI, o alemão Thomas Bach, para fazer discurso de poucas palavras, mas muito patriotismo. “Vamos oferecer os Jogos mais belos, sustentáveis e inclusivos da história”, disse, para completar: “A abertura será inédita, pela primeira vez fora de uma arena, algo meio louco, que exige alta segurança. Vai ser um grande espetáculo”, garantiu, em inglês fluente.

+ Está chegando: Saiba tudo sobre a cerimônia de abertura dos Jogos Paris 2024

O presidente do COI, que acompanhava Macron no palco em que se avistavam as bandeiras olímpica, a destes Jogos e a da França no centro, resolveu enveredar por um assunto sensível, que vem rondando os preparativos – a preocupação com a paz durante estes dias de competições, que ocorrem num mundo chacoalhado por altas tensões e guerras.

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Garde Républicaine, frequentemente presente na residência oficial dos presidentes da França (Monica Weinberg/VEJA)

Como é de seu costume, Bach tratou de baixar a temperatura e tentar manter acesa a ideia da trégua olímpica. “Estive agora na Vila dos Atletas, e os comitês dos 206 países que vão participar fizeram um chamamento pela paz. Esse é o espírito”, falou, sem adentrar, no ambiente festivo do Élysée, em polêmicas como a que envolve, por exemplo, o banimento da Rússia dos Jogos (os atletas, poucos, vão duelar por medalhas sem bandeira nem hino).

JUKE, JANE E NEMO

O encontro foi embalado por uma sinfonia de Chevalier de Saint-George, lindamente executada pela Garde Républicaine, frequentemente presente na residência oficial dos presidentes da França. “Tocamos muito aqui para chefes de Estado”, orgulhava-se Sébastien Billard, o chefe da orquestra. A intenção era deixar o povo à vontade sob os pesados lustres de cristal que pendem dos tetos enfeitados ao estilo rococó.

Terminados os breves pronunciamentos, os convidados seguiram ao jardim. E, ops, de repente eis que aparece Brigitte Macron, a primeira-dama, que se deixou cercar por uma multidão e puxou conversa. Sobre mergulhar no rio Sena, palco da abertura dos Jogos, esclareceu: “Não tenho esse plano, não.” O pulo nestas águas que andaram sujas e interditadas por um século vem movendo figuras da política francesa – a prefeita Anne Hidalgo já deu o seu mergulho e o próprio Macron prometeu exibir suas braçadas por lá.

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Primeira-dama francesa, Brigitte Macron, fala a jornalistas no Eliseu. (Monica Weinberg/VEJA)

Equilibrada sob um salto agulha com o qual encarava bem as pedrinhas do jardim, Brigitte se mostrou preparada para a maratona das próximas semanas e até entregou: “Vou levar meus netos para as competições, a agenda está lotada”.

Entre mesas com queijos de variadas maturações e macarons de pistache – “todos devem provar a gastronomia francesa, temos os melhores produtos, somos inovadores”, propagandeou Macron -, perambulavam Jane e Nemo, o trio oficial de cachorros, conferindo momentânea informalidade ao palácio onde o presidente, ele também, vem passando seus próprios dias de cão.

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Arcos olímpicos feito de pão, no Eliseu (Monica Weinberg/VEJA)
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