Névoa atrapalha treino na China; F1 quer alternativa para o clima
Mau tempo em Xangai interrompeu primeiro treino livre e cancelou segundo; Ross Brawn pensa em mudanças para entreter fãs
O mau tempo na cidade de Xangai praticamente inviabilizou o primeiro dia de treinos para o Grande Prêmio da China de Fórmula 1, na madrugada desta sexta-feira. A baixa visibilidade impediu o helicóptero de apoio médico de decolar, e por esta razão, os pilotos só conseguiram correr durante 22 minutos dos 90 programados da sessão inicial. A segunda prática foi totalmente cancelada.
Só 14 pilotos completaram voltas cronometradas. Lewis Hamilton, da Mercedes e Sebastian Vettel, da Ferrari, não marcaram tempos. Max Verstappen, da Red Bull, foi o líder do treino, ao marcar 1min50s491. “Não é nada bom para os fãs que acompanham pela TV e pior ainda para todos aqueles nas arquibancadas, que gastaram dinheiro para vir da cidade para cá ou até de outros países”, reclamou Hamilton aos repórteres na China.
O novo diretor esportivo da Fórmula 1, Ross Brawn, também demonstrou seu descontentamento com o fato de ter de cancelar a segunda sessão desta sexta. O britânico, ex-campeão mundial da categoria em 2009 com sua própria equipe, a Brawn GP, afirmou que é preciso planejar algo para os fãs que possa substituir o treino quando as condições climáticas não ajudarem.
“É necessário um plano quando coisas assim acontecem. Deveríamos abrir o paddock para os fãs? No fim do dia, todos estão esperando um show. É nossa responsabilidade coletiva tomar conta dos torcedores. Se isso acontecer de novo – e vai – o que poderemos fazer para entreter os fãs? É o melhor que podemos fazer, afinal não podemos mudar o clima”, afirmou Brawn.
Hamilton, ainda sugeriu pequenas mudanças aos novos detentores da Fórmula 1. Para o inglês, o número de voltas que todos dão na pista no primeiro dia de treinos é pequeno. “Damos cerca 22, 28 voltas na primeira e na segunda sessões. Não é muito e deveria ser mais divertido e desafiador. Os chefes deveriam apimentar o fim de semana de alguma maneira, é uma oportunidade para que exerçam a criatividade”, comentou.
(Com Gazeta Press e Reuters)