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Fifa introduz novas medidas para proteger jogadoras e treinadoras

Diretrizes estatutárias, que incluem salvaguardas para gestantes e mães, entram em vigor a partir de 1º de junho

Por Da Redação Atualizado em 31 Maio 2024, 12h13 - Publicado em 31 Maio 2024, 12h06

A Fifa ouviu os apelos das mulheres no futebol. Após muitos debates com a participação de atletas e dirigentes, além do anúncio de reformas importantes, a entidade tomou medidas para implementar novas mudanças no estatuto e nas transferências, que entrarão em vigor a partir de 1º de junho.

Aprovadas pelo Conselho da Fifa em maio de 2024, as mudanças estenderão os direitos e proteções trabalhistas aos pais adotivos, bem como às mães não biológicas. Reconhecerão também as dimensões físicas, psicológicas e sociais em caso de impossibilidade de trabalhar devido a menstruação grave e complicações médicas relacionadas com a gravidez. Outro ponto importante é a liberação de contato das atletas com familiares em caso de viagens internacionais.

Sarai Bareman, diretora executiva de futebol feminino da Fifa, afirmou que as novas medidas visam reconhecer que as jogadoras são as principais protagonistas do esporte. Além disso, continua ela, as medidas também levam em consideração que as mulheres possuem constituições biológicas distintas. “Por isso, é crucial proteger as pessoas afetadas pelo ciclo menstrual a fim de não comprometer sua carreira no clube e, em última análise, sua capacidade de obter renda”, disse Sarai.

A dirigente da Fifa também saudou a mudança para incentivar mais contato familiar entre jogadoras das seleções nacionais. “Em uma Copa do Mundo Feminina, (uma jogadora) pode potencialmente ficar longe de sua família por cinco ou seis semanas e isso pode ter um enorme impacto na família”, disse Sarai. “Portanto, ter as crianças com você durante o campo de treinamento, durante o torneio, é um passo muito importante que apoiará não apenas as jogadoras, mas todos os jogadores do nosso esporte.”

Como foi a repercussão?

A ex-jogadora da seleção alemã Fatmire Alushi, que conquistou a Copa do Mundo Feminina de 2007, tem conhecimento prático em conciliar a maternidade com a carreira no futebol. “Eu realmente aprecio o envolvimento da FIFA na proteção das mulheres grávidas para que elas possam se sentir bem, aproveitar a gravidez e receber apoio durante e após a gravidez”, disse Fatmire, mãe de quatro filhos.

É consenso entre todos os atores envolvidos na gestão do futebol profissional no mundo que a Fifa tem o dever de ouvir os principais jogadores e adaptar os seus regulamentos à dinâmica cada vez mais complexa do esporte. “Para que o jogo continue a prosperar, é absolutamente crítico que tenhamos uma abordagem holística ao bem-estar dos jogadores, incluindo aspectos legais”, disse Emilio García Silvero, Diretor Jurídico e de Conformidade da Fifa.

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