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Esgrimista se recusa a competir com mulher trans e é eliminada de torneio; vídeo

Stephanie Turner se ajoelhou na pista antes do combate contra Redmond Sullivan e foi punida com cartão preto, conforme regras internacionais da esgrima

Por Redação
4 abr 2025, 17h00

Uma cena registrada durante um torneio regional de esgrima nos Estados Unidos, no último fim de semana, ganhou repercussão nacional e reacendeu o debate sobre a participação de atletas trans em competições esportivas. A esgrimista Stephanie Turner foi desclassificada da competição após se recusar a enfrentar Redmond Sullivan, atleta transgênero que participava da categoria feminina.

O episódio ocorreu no Cherry Blossom Open, realizado na Universidade de Maryland, em 30 de março. No momento em que o combate teria início, Turner se ajoelhou na pista, retirou o capacete e comunicou ao árbitro e à adversária que não iria competir. Segundo o regulamento da Federação Internacional de Esgrima (FIE), a recusa em enfrentar um oponente elegível resulta em desqualificação imediata — medida aplicada com a exibição de um cartão preto, o mais grave da modalidade.

Federação reafirma política inclusiva

A USA Fencing, entidade que rege o esporte nos Estados Unidos, confirmou a desqualificação de Turner e afirmou, em nota, que a decisão não teve relação com declarações pessoais, mas com o descumprimento das normas vigentes. “Uma atleta não pode se recusar a enfrentar uma adversária devidamente inscrita por qualquer motivo. A recusa resulta em desclassificação, conforme previsto no regulamento da FIE”, declarou a organização.

A entidade também reiterou seu compromisso com a inclusão. Desde 2023, a USA Fencing adota uma política que permite que atletas trans e não binários participem de torneios de acordo com sua identidade de gênero. “Acreditamos que todos devem ter a oportunidade de praticar esportes em ambientes seguros e respeitosos”, diz o comunicado.

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A organização afirmou ainda que está aberta a revisar a política com base em novas evidências científicas ou mudanças no movimento olímpico e paralímpico internacional, mas reforçou que seguirá priorizando a inclusão.

Declarações dividem opiniões nas redes sociais

Turner, em entrevista ao canal Fox News, afirmou que tomou a decisão de protestar na noite anterior ao torneio, ao saber que competiria contra Sullivan. Ela justificou o gesto com base em sua convicção pessoal de que “torneios femininos devem ser exclusivos para mulheres cisgênero”.

O vídeo do protesto foi amplamente compartilhado nas redes sociais por perfis conservadores e críticos à participação de mulheres trans em categorias femininas. A ex-tenista Martina Navratilova, ativista pelos direitos LGBTQIA+ mas crítica da presença de atletas trans em esportes femininos, também se manifestou em apoio à esgrimista desclassificada.

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Por outro lado, diversas vozes defenderam a manutenção de políticas inclusivas no esporte e criticaram o teor do protesto de Turner. A USA Fencing, em seu posicionamento público, enfatizou a importância de discussões respeitosas e baseadas em evidências, e reforçou que manifestações que envolvam discriminação ou discurso de ódio não serão toleradas.

Participação de Sullivan e desfecho do torneio

Redmond Sullivan, alvo do protesto, não deu declarações públicas após o episódio. Esta é sua primeira temporada competindo na categoria feminina, após ter participado de torneios masculinos em anos anteriores. Sullivan terminou o torneio na 24ª colocação entre 39 participantes.

Embora o torneio tenha sido realizado em uma universidade, ele não estava vinculado à liga universitária oficial (NCAA), que recentemente aprovou regras mais restritivas em relação à participação de atletas trans. O caso ocorre em meio a um cenário de polarização política nos Estados Unidos, onde medidas pró e contra a inclusão de pessoas trans no esporte têm sido adotadas em diferentes níveis.

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