Novak Djokovic foi deportado da Austrália neste domingo, 16, horas depois de a justiça ter rejeitado o recurso do tenista sérvio para continuar no país mesmo sem ter apresentado um comprovante de vacinação contra a Covid-19 — ele se recusou a se imunizar.
Djokovic deixou a Austrália em um voo da Emirates Airlines rumo a Dubai, segundo a rede americana CNN. Mais cedo, em comunicado, Djokovic afirmou que estava “extremamente decepcionado” com a decisão, mas disse que iria respeitá-la e “cooperar com as autoridades em relação à sua saída do país”. “Me sinto desconfortável por ter sido o foco das últimas semanas e espero que agora nós possamos concentrar as atenções no jogo e no torneio que eu amo”, disse.
Djokovic foi detido no sábado, depois de ter seu visto revogado pela segunda vez na sexta-feira, 14. O tenista se recusou a tomar a vacina contra a Covid-19 e defendeu uma postura antivacina. Ele chegou em Melbourne no último dia 5, foi detido no aeroporto e teve seu visto cancelado por não apresentar justificativa médica válida para não comprovar a vacinação.
Alguns dias depois, na segunda-feira, 10, seu recurso para continuar no país foi acatado pelo juiz Anthony Kelly, responsável pelo caso. Ele estava se movimentando livremente e treinando após ter passado alguns dias em um hotel para imigrantes sem documentos. Kelly concordou em deixar Djovovic se preparar para a disputa enquanto o caso não fosse resolvido.
Djokovic buscava seu décimo título no Aberto da Austrália e seu 21º troféu de Grand Slam, o que o isolaria como maior vencedor da história, à frente de Roger Federer e Rafael Nadal.