Cronologia: entenda o caso Daniel Alves, da agressão até a condenação
Veja os momentos mais importantes do caso
Nesta quinta-feira, 22, o jogador brasileiro Daniel Alves, foi condenado a 4 anos e meio de prisão, na Espanha, por um estupro cometido em 2022 contra uma jovem de 23 anos. A VEJA reuniu os momentos mais importante dessa história. Confira a seguir:
31 de dezembro de 2022 – A agressão sexual
Pouco antes das 4h, Daniel Alves convida a vítima, uma jovem de 23 anos, a acompanhá-lo num dos banheiros da boate Sutton, em Barcelona, onde a agressão se produz. Dezesseis minutos depois de entrarem, Alves sai primeiro e a moça depois. Na saída, com as duas amigas que tinham sido convidadas ao camarote do ex-jogador e amigos, ela desata a chorar e a segurança da casa a acolhe. Um protocolo de segurança é iniciado e a vítima é ouvida. O jogador já tinha deixado o local.
2 de janeiro de 2023 – Declaração de investigação
Às autoridades, a vítima reafirma seu primeiro depoimento. Acompanhou de livre vontade Daniel Alves, mas se arrependeu ao entrar no cômodo da Sutton. O agressor não deixou-a sair, tentou obrigá-la a fazer sexo oral, agrediu-a e a penetrou. Depois do inquérito, os policiais se prepararam para prender Alves, que voltava do México, onde jogava nos Pumas, para o funeral de sua sogra.
20 de janeiro de 2023 – Contradição
Após ser preso, Daniel Alves se contradiz pelo menos três vezes no seu depoimento antes de afirmar que a moça “tentou” fazer sexo oral com ele. Em razão da declaração firme da jovem agredida, das evidências de estupro e do risco de fuga — o agressor morava no México, onde jogava pelo Pumas –, a juíza o mantém preso sem direito a fiança. Neste mesmo dia, seu clube rescinde contrato.
17 de abril de 2023 – Penetração
Daniel Alves admite que houve penetração na vítima enquanto estavam no cômodo do Sutton, mas reafirma que tudo foi consentido. Também admitiu que havia mentido na primeira declaração, mas que o fizera para que sua mulher, a modelo Joana Sanz, não ficasse sabendo da infidelidade.
21 de junho de 2023 – Entrevista ao jornal La Vanguardia
Em sua primeira entrevista ao diário espanhol, Daniel Alves diz que está com a consciência tranquila. Além disso, fala que perdoa a vítima por distorcer o que aconteceu entre os dois no Sutton. “O que aconteceu e o que não aconteceu ali só sabemos eu e ela.”
31 de julho de 2023 – Indiciamento
A juíza de instrução, Anna Marín, encerra a investigação e processa Alves ao concluir que existem provas suficientes de um crime. Impõe uma fiança de 150 mil euros para cobrir uma possível indenização à vítima e avisa-o que, se não pagar, os seus bens serão penhorados.
23 de novembro de 2023 – Nove anos
O Ministério Público espanhol pede a pena de nove anos de prisão por crime de agressão sexual com penetração e o pagamento de uma indenização de 150 mil euros à vítima pelas “consequências físicas e psicológicas” e pelos “danos morais sofridos” pela menina. Solicita também que, uma vez cumprida a pena, seja colocado em liberdade vigiada por 10 anos e seja proibido de se aproximar a menos de um quilômetro da jovem. O defesa da vítima aumenta o pedido para 12 anos de prisão.
5 de fevereiro de 2024 – Julgamento
O Tribunal de Barcelona marca o julgamento para os dias 5, 6 e 7 de fevereiro. O Ministério Público e a advogada da vítima pedem que seja realizado à portas fechadas, mas os magistrados rejeitam: apenas o depoimento da vítima será resguardado.
7 de fevereiro de 2024 – Último dia
Foi realizada a última das três sessões do julgamento em que a promotora, Elisabeth Jiménez, defendeu veementemente a “credibilidade absoluta” da vítima diante dos solavancos que o ex-jogador sofreu ao longo de um ano de instrução: contou versões diferentes.
22 de fevereiro de 2024 – Condenação
Daniel Alves foi condenado a cumprir 4 anos e meio de prisão e a pagar uma indenização de 150 mil euros (aproximadamente 800 mil reais) por um estupro de cometeu contra uma mulher de 23 anos, em dezembro de 2022, em uma casa noturna de Barcelona, na Espanha. O jogador ainda será supervisionado por cinco anos. Durante esse período, não poderá exercer emprego, cargo ou comércio com menores de idade. A pena também prevê que Alves mantenha 1 quilômetro de distância da vitima, estando impedido de se comunicar com ela por 9 anos e meio.