O Conselho Deliberativo do Palmeiras aprovou na noite desta segunda-feira a eleição da presidente da Crefisa, Leila Pereira, como nova integrante do órgão do clube. A empresária foi a mais votada do pleito do dia 11 de fevereiro, mas, antes de assumir a vaga, precisou aguardar a avaliação sobre o pedido de impugnação da candidatura feita por questionamentos sobre o atendimento de pré-requisitos. A decisão final se deu por votação. Dos 228 presentes, apenas 25 se manifestaram contra a empresária.
No entender de alguns conselheiros, Leila era sócia do clube desde 2015, o que inviabilizava a candidatura, pois o estatuto exige no mínimo oito anos como associado para poder disputar a vaga. O ex-presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, usou dessas informações para tentar impugnar o projeto da empresária, pouco antes de deixar o cargo, em dezembro. O novo mandatário, Maurício Galiotte, alterou a decisão do sucessor e liberou a candidatura.
A presença de Leila Pereira na eleição foi viabilizada pelo ex-presidente, Mustafá Contursi, que afirmou ter dado a ela um título de sócia benemérita em 1996. Com isso, a presidente da Crefisa conseguiu se candidatar pela chapa Palmeiras Forte e se tornou a conselheira mais votada da história, com 248 votos. O marido dela, José Roberto Lamacchia, também se elegeu, com 66 votos.
A votação para apreciar a impugnação de Leila teve como votantes os conselheiros eleitos no pleito de dois anos atrás, sem contar, portanto, os vencedores de fevereiro. O caso está resolvido internamente no Palmeiras, porém pode ser levado ainda para a Justiça comum.
Em fevereiro, a Crefisa renovou contrato com o Palmeiras por mais dois anos. O investimento do patrocinador será de 72 milhões de reais em 2017 e 78 milhões em 2018, com bônus por premiações em caso de conquista de títulos. Leila Pereira negou diversas vezes que tenha o desejo de se tornar presidente do Palmeiras no futuro.
(com Estadão Conteúdo)