Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Cartolagem F.C.: deposição do presidente amplia péssima imagem da CBF

O problema, tudo somado, resume-se à estrutura antiquada da CBF, em que os presidentes se sucedem de modo fratricida

Por Lucas Mathias Atualizado em 24 dez 2023, 08h06 - Publicado em 24 dez 2023, 08h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Há um modo de voltar ao Brasil do passado, de tenebrosas transações entre o poder político e o futebol: acompanhar os intestinos da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF, nos últimos dias. Em 7 de dezembro, o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, foi afastado do cargo por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). O órgão anulou a validade de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) celebrado em 2021 entre a CBF e o Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro que determinava regras eleitorais da confederação — e que autorizou a eleição de Rodrigues, no cargo que antes era ocupado por Rogério Caboclo, acusado de assédio sexual. O TJ entendeu que o MP não tinha competência para interferir em imbróglios de uma entidade privada como a CBF.

    Houve, por trás da cortina jurídica, revolta das federações contra Rodrigues — acusado de má gestão e de falta de diálogo. “Ele é centralizador, sem dúvida, mas foi afastado porque rompeu com os vínculos do passado”, diz um dirigente da entidade. No lamaçal, renasceram do limbo personagens que andavam na sombra, como Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF. “Tem uma palavra que define tudo sobre o Ednaldo: ‘Nada’ ”, escreveu em mensagem para amigos.

    A oposição aproveitou a derrota do Brasil para a Argentina por 1 a 0, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, em novembro, para deflagrar a punhalada final. “Comparo a correta decisão do TJ-RJ com o impeachment de Dilma Rousseff, punida pelas pedaladas fiscais”, diz um advogado próximo da confusão. “Se as contas da CBF estivessem em ordem, se os resultados em campo da seleção fossem bons, possivelmente o tempo andaria e não haveria a decisão de agora.” Os próximos capítulos serão quentes. A Fifa proíbe intervenção externa, de Justiça comum, nas questões esportivas. O problema, tudo somado, resume-se à estrutura antiquada da CBF, em que os presidentes se sucedem de modo fratricida. Nessa roda viva de desatinos, feita de nuvens e incertezas, o resultado será sempre um vergonhoso 7 a 1.

    Publicado em VEJA de 22 de dezembro de 2023, edição nº 2873

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.