Após morte no Engenhão, PM admite que faltou efetivo policial
Protesto de familiares diminuiu o número de PMs no entorno do estádio. Briga entre torcedores de Flamengo e Botafogo deixou um morto e sete feridos
A Polícia Militar confirmou nesta segunda-feira que uma parte dos policiais do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) teve dificuldade para sair do quartel para trabalhar no clássico deste domingo, entre Botafogo e Flamengo, no Engenhão, por causa de um protesto de familiares dos PMs. Segundo a corporação, foi necessário o remanejamento de policiais de outras unidades para fazer a segurança do jogo.
Horas antes de a bola rolar, o Botafogo solicitou o cancelamento do jogo por causa da paralisação, mas a Polícia Militar e a federação carioca garantiram que havia segurança necessária para a realização da partida, vencida pelo Flamengo por 2 a 1 . Houve confusão entre torcedores rivais e policiais no entorno do estádio, com direito a troca de tiros. Um botafoguense, Diego Silva dos Santos, de 28 anos, morreu baleado e outras sete pessoas ficaram feridas.
A PM informou que foram empregados policiais militares do Gepe, com apoio de policiais das Unidades do 1º Comando de Policiamento de Área (CPA). Já as ruas de acesso foram patrulhadas pelo 3º Batalhão de Polícia Militar (Méier), com apoio do Batalhão de Ação com Cães e do Batalhão de Polícia de Choque.
A PM disse que, “por uma questão estratégica”, não divulga o número do efetivo empregado, mas uma planilha publicada no Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) informou que estavam programados 170 policiais do Gepe para tomar conta do interior do estádio e 48 policiais do 3º Batalhão de Polícia Militar para ficar no entorno. Policiais, no entanto, disseram que estavam trabalhando em menor número do que o programado.
(com Estadão Conteúdo)