Esporte

Ancelotti enfim quebra silêncio sobre acerto com a seleção brasileira

Técnico italiano assume direção da canarinho no dia 26 de maio

Por Alessandro Giannini SEGUIR SEGUINDO , Natalia Tiemi Hanada SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2025, 09h52 - Publicado em 13 Maio 2025, 08h36

O italiano Carlo Ancelotti, atual técnico do Real Madrid, declarou em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, 13, que quer permanecer totalmente focado em seu trabalho com o clube espanhol antes de assumir a seleção brasileira daqui a duas semanas, no dia 26. Em seu primeiro dia como treinador do Brasil, fará a convocação da canarinho para dois jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo.

Ancelotti foi anunciado como o novo treinador do Brasil na segunda-feira, 12, mas ainda está no comando do Real Madrid. O treinador segue a frente do time em mais três jogos do campeonato espanhol. O último compromisso, contra a Real Sociedad, está marcado para a véspera do início do trabalho do italiano na seleção brasileira. Os outros dois confrontos serão contra o Mallorca, nesta quarta, 14, e o Sevilla, no domingo, 18.

“Quero terminar bem essa reta final, essa fantástica aventura aqui, quero terminar da melhor forma possível. Sei que estão muito interessados no que penso e sobre o que vai ser, mas tenho que pensar naquilo que estou vivendo. São os dias que me restam aqui no Real Madrid”, afirmou o treinador do Real Madrid na coletiva.

“Tenho grande respeito por este clube e estes torcedores, e estou totalmente focado em terminar a última parte desta espetacular aventura”, disse Ancelotti. “Falo porque a CBF fez esse comunicado. É oficial que a partir de 26 de maio serei o treinador do Brasil.” O italiano será o quarto estrangeiro a comandar a seleção canarinho, o primeiro desde 1965.

Ancelotti falou com a imprensa pela primeira vez desde o anúncio do Brasil, parecendo relaxado ao comandar o treino da equipe no centro de treinamento do clube. O Real Madrid não divulgou nenhuma reação ou comunicado sobre seu técnico desde então, e também não houve mensagens de despedida ou congratulações para Ancelotti.

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O ex-jogador do Real Madrid, Xabi Alonso, é esperado para assumir o cargo de treinador após anunciar sua saída do Bayer Leverkusen, mas o clube espanhol ainda não anunciou o sucessor de Ancelotti.

“Eu tenho muito carinho por Xabi Alonso”, disse Ancelotti. “Não tenho nenhum conselho para lhe dar porque ele tem todas as ferramentas para ser um grande treinador no futuro. “

Ancelotti no Real Madrid

Ao final do jogo do Real Madrid e a Real Sociedad, Ancelotti encerrará sua segunda passagem pelo clube merengue.

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Em 2013 chegou ao time madrilenho e conquistou a Champions que encerou um jejum de 12 anos do clube na Liga dos Campeões. “La Décima” marcou a 10ª conquista do Real Madrid no continental europeu, que hoje tem mais cinco, sendo duas conquistadas também sob comando do italiano. A sua demissão em 2015 ocorreu após uma seca de vitórias na temporada.

O seu retorno aconteceu em 2021, para ocupar o cargo do francês Zinedine Zidane que passou sua última temporada à frente dos blancos sem títulos. O italiano reverteu a situação e desde a sua volta conquistou 11 troféus pelo Real Madrid, sendo duas Champions League, dois mundiais e dois campeonatos espanhóis.

Mesmo se não assumisse o comando da seleção brasileira, a sua saída era cogitada, por ter passado em branco na última temporada. A eliminação nas quartas da Liga dos Campeões, o vice-campeonato na Copa do Rei, e o mesmo resultado encaminhado na La Liga colocaram em dúvida a permanência do italiano no time merengue. Apesar do momento em baixa, Ancelotti é o técnico com mais conquistas na história do Real Madrid, ao todo 15 troféus.

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Além do time espanhol, Carlo Ancelotti também comandou clubes de peso no cenário europeu, e é o único técnico a vencer pelo menos um campeonato nacional das maiores ligas da Europa. Pelo Real Madrid venceu dois espanhóis, pelo Milan conquistou o italiano, pelo Bayern de Munique levantou a taça da Bundelisga, no Chelsea foi campeão da Premier League e na França, levou o PSG ao topo do Ligue 1.