A estratégia de mercado inovadora da Samsung para os Jogos Olímpicos
Mudança é uma quebra e tanto das regras rígidas do COI sobre product placement
Se você assistiu alguma cerimônia de pódio nos Jogos Olímpicos de Paris, provavelmente percebeu que há algo de diferente. Depois das medalhas entregues, um representante da organização anda até os ganhadores e entrega um celular para que os atletas possam tirar uma “selfie da vitória” — uma ação ousada e inovadora entre o Comitê Olímpico Internacional e a sul-coreana Samsung.
Em Olimpíadas anteriores, apenas representantes de mídia credenciados tinham permissão para fotografar a cerimônia de premiação olímpica — sempre à distância. A mudança é uma quebra e tanto das regras rígidas do COI sobre product placement, ou publicidade indireta.
Rayssa Leal, embaixadora da Samsung, estava lá com o celular, junto de Liz Akama e Coco Yoshizawa, quando ganhou o bronze no skate street.
Jogadores de tênis de mesa da Coreia do Sul e Coreia do Norte, por exemplo, possaram juntos para um foto, em uma rara demonstração de harmonia entre os vizinhos, em meio às tensões elevadas envolvendo até balões carregados de lixo enviados de um lado ao outro da fronteira.
A diretora de Marketing de Mobile Experience da Samsung Brasil, Lucia Bittar, ressaltou a VEJA que a ideia é montar um “novo conjunto de experiências” nos Jogos.
“A Samsung permitiu que fãs acompanhassem a competição de vela dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, realizada na cidade portuária francesa de Marselha, com smartphones Galaxy S24 Ultra instalados em cada barco”, disse Bittar. “Já para kitesurf e windsurf, os smartphones foram acoplados ao ombro de cada atleta e nas boias na água. Com essa nova experiência de visualização, os fãs não perderam nenhum detalhe”.
A ideia é similar à selfie da vitória: mostrar ainda mais detalhes aos fãs e torcedores. Por mais que sejam Olimpíadas, e não Copa do Mundo, a ideia foi um golaço.