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Mundo

O apocalipse do Estado Islâmico

Especial multimídia, com fotos e vídeos exclusivos do front na Líbia, mostra o cerco mundial ao grupo islâmico que aterroriza o Oriente Médio e o Ocidente

por André Liohn e Duda Teixeira Atualizado em 3 jul 2017, 15h15 - Publicado em
19 ago 2016
13h58

“Este é o fim, meu único amigo, o fim. De todos os nossos planos elaborados, o fim.”

Líbia, 13 de agosto de 2016. The End, da banda The Doors, que abre o filme Apocalypse Now (1979), toca no carro dos combatentes líbios que vão para o front contra o Estado Islâmico (EI). O grupo, que surgiu em 2014 pregando o apocalipse, parece estar testemunhando o próprio fim.

Nas últimas semanas, os jihadistas sofreram derrotas militares em várias frentes, em diferentes países. Desde o início de 2015, o EI perdeu 25% do seu território. Das dez maiores cidades sob seu domínio no Iraque e na Síria, restam apenas quatro.

O EI perdeu dois terços de Sirte, na Líbia. A cidade natal do ditador Muamar Kadafi havia sido conquistado pelo grupo em 2015. Em retirada, seus integrantes instalam armadilhas nas áreas perdidas. São os IEDs (“explosivos improvisados”, na sigla em inglês).

Os Estados Unidos têm bombardeado posições do EI e enviado equipes especiais em terra para coordenar as milícias e exércitos locais. Sirte, na Líbia, está sendo reconquistada por milícias da cidade vizinha, Misurata, que contaram com apoio aéreo americano.

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(Thaier Al-Sudani/Reuters)

No Iraque, o Estado Islâmico tem sido expulso principalmente por milícias de muçulmanos xiitas (na foto), apoiadas pelo Irã. São 80.000 os combatentes xiitas, quatro vezes o total de integrantes do EI que ainda restam (45.000 já foram mortos).

Uma pesquisa feita com jovens árabes em dezesseis países mostrou que 80% deles rejeitam o Estado Islâmico. “Em Misurata, a rejeição ao EI é praticamente unânime”, diz o fotógrafo André Liohn, que acompanhou a ação das milícias dessa cidade, chamadas de katibas, em Sirte.

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(André Liohn/VEJA)

O EI na Líbia conta com combatentes tunisianos, egípcios, sudaneses e, em número menor, líbios. (Na foto, membros do grupo mortos em ataque aéreo americano em Sirte.)

A maioria dos refugiados que tenta chegar à Europa é formada por africanos, principalmente nigerianos, que migram por razões econômicas. Muitos eram escravizados ou explorados pelo EI ao passar pela Líbia rumo ao Mediterrâneo.

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(Stringer/Reuters)

Com dificuldade para atrair estrangeiros, o EI tem sequestrado crianças para obrigá-las a lutar. As que têm mais sorte conseguem fugir. Só no Iraque, cerca de 1 milhão de menores de idade deixaram suas casas.

Vídeo e fotorreportagem: André Liohn
Texto: Duda Teixeira
Edição de vídeos: Xande Oliveira
Design e Desenvolvimento: Alexandre Hoshino, André Fuentes e Sidclei Sobral
Edição geral: Diogo Schelp
Fotos e vídeos adicionais: Reuters e France 24

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