Cozinha invisível: a proliferação dos restaurantes fantasmas
Começam a cair no gosto do público casas que não têm espaço para atender os clientes e só aceitam pedidos on-line
Restaurantes exclusivamente dedicados ao delivery começam a se popularizar nos Estados Unidos e na Europa. Em Chicago, nove estabelecimentos de um mesmo grupo chegam a dividir uma só cozinha, de 186 metros quadrados. A constatação é de que o avanço da tecnologia está remodelando o mercado de delivery. De acordo com um estudo da consultoria McKinsey, feita em 16 países (o Brasil incluído), o modelo de entregas tradicional, em que o cliente faz um pedido diretamente ao restaurante, ainda corresponde a 90%. Desse total, 26% dos pedidos são realizados online. O restante ainda é feito por telefone. Espera-se, no entanto, que os consumidores migrem cada vez mais — e rapidamente — para as plataformas online. “Até 2020, o Brasil deve se tornar o quarto maior mercado de delivery no mundo”, estima Paulo Floriano, diretor de inovação do iFood, aplicativo criado em 2011 com o objetivo de fazer a ponte entre consumidores e restaurantes que oferecem serviço de entrega. Só em 2016, o aumento no número de pedidos foi de 140%. No mês passado, o aplicativo intermediou a entrega de 4 milhões de pedidos. “Ainda não temos restaurantes fantasmas no Brasil, mas há espaço para esse tipo de negócio aqui”, diz Floriano. “Os aplicativos são convenientes para o consumidor e para o estabelecimento porque geram informação. Se um restaurante quer abrir uma nova unidade podemos indicar em qual bairro há maior demanda por aquele tipo de comida”, justifica. Os fantasmas querem ser vistos.
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