BBB 18: ex-participantes revelam dicas para entrar no programa
No caso da paulista Amanda Djehdian, ter dado uma resposta curta e grossa para Boninho em uma das etapas da seleção pode ter ajudado a entrar no programa
Quem já está pensando em entrar para o BBB 19 precisa, antes de mais nada saber que não se trata de tarefa fácil. Antes de chegar à casa, os candidatos encaram um longo processo de seleção, com muitas entrevistas e dinâmicas em grupo. As etapas completas não são divulgadas para o público, mas muitos ex-participantes juram revelar os meandros do processo em vídeos que se espalham pelo YouTube — alô, Inês Brasil, eterna candidata ao Big Brother essa pode ser a sua chance!
A vice-campeã de 2015, Amanda Djehdian, contou no seu canal que, depois de preencher o questionário no site do programa, foi chamada para um dia inteiro de atividades. “Fui toda desarrumada, com um vestidinho que parecia uma camisola. Encontrei mulheres muito bonitas e arrumadas. Bem de estilo miss, bombadonas”, diz no vídeo.
Ela ficou por um tempo em uma sala com outros candidatos. No local, recebeu a primeira repreensão: “Tinha um menino fazendo rabiscos em uma parede de PVC. Tinha um papel e um canetão. Ele perguntou se eu sabia pintar e eu comecei a ajudar. Nós tomamos uns esporro”, explicou.
Apesar da bronca, ela seguiu na seleção e participou de uma dinâmica em grupo, em que precisava competir com outros em uma brincadeira. “Empurrei um menino e fui crucificada.”
A última etapa do dia foi uma entrevista com um psicólogo, que fazia perguntas semelhantes às da ficha preenchida para se candidatar. O entrevistador viria a ser o mesmo que brigou com Amanda depois do empurrão na etapa anterior. “Ele falou ‘Você achou que eu não te entrevistaria, sua ardilosa?’. Eu não sabia o que era ardilosa nessa época”, contou no vídeo, com bom-humor.
Aprovada nessa fase, Amanda ainda precisou gravar um vídeo contando um pouco mais da sua vida antes de ser chamada para uma viagem ao Rio, onde gravou a famosa “cadeira elétrica” — momento em que o participante é entrevistado por uma bancada de pessoas. As cenas gravadas são usadas na apresentação dos brothers no início do reality. “Quando eu levantei, dei dois passos e o maravilhoso Boninho fala para mim ‘Está precisando malhar, hein?’ Eu respondi: ‘Eu, né?’.”
A afronta ao diretor não foi motivo de eliminação da participante — deve até tê-la favorecido no processo seletivo. Amanda foi chamada novamente para fazer exames médicos e gravar mais alguns vídeos antes de ter a confirmação de que entraria na casa — apenas um dia antes do anúncio dos candidatos.
No entanto, assim como acontece nas noites de paredão do BBB, quem concorre a uma vaga deve deixar uma malinha preparada. Amanda já tinha passado as senhas das suas redes sociais para primas e fez até uma procuração para que a mãe pudesse assinar documentos em seu nome, caso necessário.
A estudante de medicina Camila Karam narrou um processo similar no seu canal no YouTube. No Rio de Janeiro, onde gravou a cadeira elétrica, disse que até tiraram medidas do seu corpo, enquanto ela aguardava em um quarto de hotel. No entanto, logo depois, Camila viajou aos Estados Unidos e só voltou para o Brasil quando o reality já havia começado. Assim, não ficou sabendo se chegou a avançar para outras fases.
O casal do BBB13 formado por Elieser Ambrosio e Kamilla Salgado também já relatou sua experiência para entrar na casa do Projac. Enquanto ele preencheu o formulário de inscrição na primeira vez em que participou, em 2010, ela foi chamada por olheiros. Esses recrutadores podem estar em diversos locais, como restaurantes, baladas e praias.
“Estava em um restaurante conhecido de Belém, que fica aberto de madrugada. Enquanto comia, duas mulheres olhavam para mim. Quando fui ao banheiro, elas foram atrás de mim e perguntaram se eu tinha vontade de participar do Big Brother“, contou em um vídeo junto com o marido. Kamilla então enfrentou entrevistas para entrar na casa.
‘Manipulação na casa’
Além disso, os ex-participantes contaram que há uma manipulação indireta dentro da casa: “A produção jura que intervém o mínimo possível, mas, como todo programa de televisão que tem uma edição, é claro que sabemos que o jogo pode ser manipulado”, diz Kamilla.
“Quando o jogo está muito morno, eles colocam uma prova, algo para gerar um atrito, diminuem a comida ou aumentam o ar-condicionado para ficar mais frio e os participantes ficarem mais estressados. Isso tudo é um tipo de intervenção, um tipo de manipulação.”
Procurada, a Globo não comentou os vídeos até a publicação desta nota.