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Weintraub chama Lula de ‘amigo de banqueiro’ e gera bate-boca na Câmara

Convocado a explicar congelamento de recursos, ministro da Educação havia sido chamado de 'covarde' e acusado de pregar 'bala na cabeça' de comunistas

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 Maio 2019, 17h30 - Publicado em 15 Maio 2019, 17h11
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  • A audiência no plenário da Câmara para ouvir explicações do ministro da Educação, Abraham Weintraub, sobre cortes e congelamento de recursos teve um bate-boca entre deputados governistas e oposicionistas depois de uma declaração de Weintraub sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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    Chamado de “covarde” pelo líder do PT na Casa, Paulo Pimenta (RS), e acusado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), líder da minoria, de pregar “bala na cabeça” de comunistas, o ministro rebateu que a esquerda “gera mal, atraso e números ruins”, citou o esquema de corrupção na Petrobras e afirmou que Lula é “amigo de banqueiro”.

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    Ele se referia ao episódio da demissão de uma analista de mercado do banco Santander, em julho de 2014, após ela escrever uma análise que alertava para alta no dólar e queda na Bolsa em caso de reeleição da então presidente Dilma Rousseff. Abraham Weintraub disse na Câmara que Lula ligou para o dono do Santander, Emilio Botín, e cobrou a demissão da bancária.

    “Eu gostaria também de falar que eu fui bancário, carteira assinada, viu, azulzinha, não sei se vocês conhecem. Trabalhei muito, pagava imposto sindical pra valer, eu recebia o ticketzinho, e tem mais uma coisa: quem ligou pro dono do Santander na Espanha pra pedir a cabeça de uma bancária colega minha porque ela ousou dizer que se a Dilma fosse eleita, o dólar ia subir e a bolsa ia cair, foi o Lula, que hoje tá na cadeia. Ele ligou pro Botín e disse ‘Botín, manda ela embora’. Então o amigo do banqueiro, que tem o telefone pessoal do dono mundial do Santander, é o Lula, e quem pediu a cabeça da minha colega de profissão que era bancária que nem eu foi o Lula. Pediu e ainda humilhou, sabe por quê? Por que ele falou ‘Botín, paga o bônus dela pra mim, porque eu conheço o Brasil’”, afirmou o ministro.

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    Weintraub se referiu à declaração de Lula em um evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), depois da análise da bancária vir a público. Na ocasião, o petista disse que “essa moça não entende p… nenhuma de Brasil e de governo Dilma. Manter uma mulher dessa num cargo de chefia, sinceramente… Pode mandar ela embora e dar o bônus dela para mim”. Quando Emilio Botín morreu, em setembro de 2014, aos 80 anos, Lula divulgou uma nota de pesar em que chamou o banqueiro espanhol de “nosso amigo”.

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    Depois da resposta do ministro da Educação, deputados de oposição passaram a gritar “demissão” no plenário e a sessão foi interrompida pelo presidente em exercício da Câmara, deputado Marcos Pereira (PRB-SP). Paulo Pimenta subiu à mesa diretora e reclamou com Pereira: “não vai nos ofender aqui”. A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), também falou com o presidente da Casa.

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    Antes da confusão, Abraham Weintraub havia dito que o dinheiro recuperado dos desvios na Petrobras, protagonizados por PT, PP e MDB, será aplicado em Saúde e Educação quando for “desembaraçado”. “Pode servir de alívio aos reitores”, completou, em referência ao congelamento de 30% dos recursos para despesas de custeio das universidades federais.

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