Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

‘Você tem faca nos dentes para enfrentar o marxismo no MEC?’

A pergunta de Jair Bolsonaro a Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação

Por Gabriel Castro e Maria Clara Vieira
Atualizado em 4 jun 2024, 16h01 - Publicado em 2 fev 2019, 10h28
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Em novembro passado, o professor Ricardo Vélez Rodríguez, de 75 anos, sentou-se diante de Jair Bolsonaro, na Granja do Torto, em Brasília, para uma sabatina. O presidente eleito estava em busca de um nome para comandar o Ministério da Educação, ainda hoje conhecido pela sigla MEC. “Vélez, você tem faca nos dentes para enfrentar o problema do marxismo no MEC?”, perguntou Bolsonaro logo de início. A conversa durou mais de duas horas. Dias depois, o professor, que nasceu na Colômbia e se naturalizou brasileiro em 1997, foi anunciado como o chefe de uma das pastas mais importantes do governo.

    Todos os dias, quando deixa o ministério, Vélez é involuntariamente lembrado de sua missão original. Na saída do prédio, há um vistoso totem com um mosaico de Paulo Freire, educador celebrado pela esquerda. O ministro não pretende remover o monumento ali instalado durante o governo Lula. “Não sou iconoclasta a esse ponto”, diz. Se tiver oportunidade, no entanto, ele cogita estender a homenagem a outros nomes — um deles, Olavo de Carvalho, o filósofo que o indicou ao cargo, conhecido pelas posições extremadas e pelo palavreado chulo.

    Na terça-feira 29, Vélez recebeu VEJA em seu gabinete em Brasília para a seguinte entrevista.

    O senhor ficou mesmo surpreso ao receber o convite para assumir o Ministério da Educação? Certo dia, um assessor do presidente me ligou e disse: “Olhe, o deputado Bolsonaro está interessado no seu nome. Caso fosse indicado, o senhor aceitaria ser ministro?”. Eu disse: “Aceitaria, mas queria conversar com o candidato antes de ser convidado”. Isso foi antes da eleição. Mais ou menos na mesma época participei de um almoço com alguns discípulos do Olavo de Carvalho. Eles diziam: “Ô ministro!”. Eu perguntei: “Mas que ministro?”. Eles respondiam: “Nós estamos pensando em sugerir o senhor”. O Olavo indicou o meu nome. Depois da eleição, o assessor me telefonou novamente e disse: “O presidente vai querer entrevistá-lo”. Então vim a Brasília para falar com ele. Eu nunca havia pensado em ser ministro.

    Como foi a conversa? A primeira pergunta que me fez o presidente: “Vélez, você tem faca nos dentes para enfrentar o problema do marxismo no MEC?”. Eu disse: “Presidente, é o que faço há trinta anos”. Eu, como professor de universidade pública, fui marginalizado na concessão de bolsas de doutorado e pós-­doutorado. Nunca consegui uma bolsa por causa do aparelhamento do MEC pelos petistas.

    Confira a entrevista completa na edição de VEJA desta semana

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.