Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Reabertura de escolas volta a motivar alunos, diz pesquisa

Levantamento feito por Fundação Lemann, Itaú Social e BID demonstra, porém, que metade dos alunos ainda não retomou o ritmo de aprendizagem

Por Ricardo Ferraz Atualizado em 22 out 2021, 09h14 - Publicado em 22 out 2021, 09h07
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Mais animados, otimistas e interessados pelo estudo. Esses são os efeitos que a reabertura das escolas e a retomada das salas presenciais causaram nos estudantes, de acordo com uma pesquisa encomendada pela Fundação Lemann, o Itaú Social e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) ao Datafolha.

    Publicidade

    Desde o início da pandemia, as entidades vêm monitorando com pais de alunos a motivação dos filhos para o estudo. Quando se compara os resultados entre o grupo que voltou para o ensino presencial e o que ainda permanece no ensino remoto, se torna evidente que a reabertura das escolas causa efeitos positivos nas crianças e adolescentes: 58% dizem que os filhos que ficaram em casa estão desmotivados, já para quem voltou à sala de aula, o número cai para 50%.

    Publicidade

    Apesar do dado positivo, metade dos alunos ainda não voltou ao ritmo normal dos estudos, o que preocupa os analistas. “A situação ainda é de insegurança. Muitas crianças e jovens se perguntam: ‘será que vou chegar à escola e não saber a materia?’. Isso não vai ser resolvido no curto prazo. É preciso ter tranquilidade e não colocar pressão em alunos e professores”, diz Daniel de Bonis, diretor de políticas educacionais da Fundação Lemann.

    Apesar das dificuldades, outros aspectos demonstram que a retomada do ensino na sala de aula é fundamental para recuperar o tempo perdido: 70% dos pais relatam que os filhos que ainda estão em casa tiveram mais dificuldades em estabelecer uma rotina de estudos , já no presencial, o número cai para 58%. Entre os que não tiveram as escolas abertas 48% temem que os filhos desistam da escola, ao passo que o percentual é de 38 pontos entre os que voltaram para as fileiras escolares.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    De acordo com os responsáveis, 65% das instituições de ensino foram reabertas. A maioria em sistema de rodízio. Esse processo é mais intenso na  região Sul do pais. No nordeste, muitos alunos ainda não voltaram às salas de aula. Para 73%, a recuperação das aprendizagem é o principal motivo para  retomada. Já 22% apontam a convivência com alunos e professores como sendo o mais importante. A distância entre a escola e as famílias, no entanto, ainda é significativa. Após um ano de pandemia, 51% sentem que a escola está menos próxima dos pais.

    “Antes da pandemia muitos pais sentiam que se o filho estivesse na escola, sendo bem alimentado, com uniforme e transporte escolar assegurado, a escola era boa. Agora, a questão pedagógica entrou de vez no radar dos responsáveis, esse é um aspecto positivo do quadro atual”, destaca Daniel.

    Publicidade

    A pesquisa ouviu 1.301 pessoas com filhos nas escolas públicas, ente 13 e 16 de agosto, por meio de contato telefônico.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.