Pernambuco e Ceará lideram aprovações em universidades públicas
Estudo mostra que estados encabeçam lista e têm percentual maior entre os que cursaram o ensino médio em escolas municipais, estaduais e federais
Uma pesquisa com dados do Ministério da Educação e do Censo 2022 mostrou que a maioria dos jovens egressos do Ensino Médio, 78%, cursam, hoje, o Ensino Superior em instituições privadas, o que corresponde a cerca de 7,3 milhões de pessoas. Por outro lado, quando considerados somente aqueles que saem de escolas públicas, 49% têm como destino a graduação em universidades públicas, com destaque para dois estados do Nordeste: Pernambuco e Ceará. O levantamento, realizado a partir de uma análise de dados da Geofusion, empresa Cortex especializada em análise de dados e soluções de inteligência geográfica de mercado, leva em conta os estudantes universitários que iniciaram sua caminhada acadêmica entre 2019 e 2021.
Conforme o estudo, o ensino superior público no Brasil conta hoje com 2 milhões de estudantes. Entre os destaques, está o estado de Pernambuco, que coloca 29% de seus alunos no ensino médio, seja da rede pública ou privada, em universidades públicas. Se considerados apenas aqueles que estudaram em escolas vinculadas aos governos federal, estadual ou municipal, o índice de aprovação para instituições públicas é ainda maior: 66% trilham esse caminho.
O cenário é similar no Ceará, onde 28% de todos os estudantes ingressam em instituições públicas. O percentual cresce para 62%, no recorte que inclui apenas aqueles que se formaram no ensino médio na rede pública. Rio de Janeiro vem em seguida, antes de Minas Gerais, Paraná e Pará. São Paulo e Santa Catarina têm o pior desempenho. Confira a lista:
O desempenho, segundo a gerente de produtos de dados da Geofusion, Isabela Albuquerque, tem a ver com a política educacional adotada nos dois estados. “Pernambuco e Ceará despontam como referências nesse cenário, indicando que estratégias educacionais inovadoras, como a oferta de ensino integral, têm impacto relevante na trajetória dos estudantes, transformando o ingresso no ensino superior em uma realidade acessível e promissora para alunos de escolas públicas”, explica.