Um levantamento inédito publicado na revista VEJA mapeou quem são e em quais escolas estão os alunos que costumam figurar no topo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – uma turma de crânios que figura entre o 1% das notas mais altas da prova. Às vésperas da segunda etapa da avaliação, que acontece neste domingo (12), os dados também trazem uma informação preciosa: para entrar neste seleto grupo, é preciso ter média acima de 701,25 nas quatro provas objetivas do exame.
Ainda que cerca de 70% de acerto não pareça um patamar tão difícil de atingir, são pouquíssimas as escolas que conseguem emplacar alunos no topo. Segundo o levantamento, elaborado pelo instituto de pesquisas IDados, esses alunos vêm de um universo concentradíssimo de escolas – um em cada quatro estudantes do 1% saiu de apenas 50 colégios, o que representa apenas 0,1% de todas as instituições de Ensino Médio do país.
O IDados também confirmou uma incômoda injustiça. As vagas mais cobiçadas do ensino superior vão para os jovens de maior poder aquisitivo: mais da metade deles têm renda familiar acima de dez salários mínimos e estudou em colégios (quase todos particulares) localizadas em menos de 10% das cidades brasileiras. A pesquisa, sua metodologia, e a lista das escolas de onde saíram os melhores do país foi divulgada na íntegra, nesta sexta-feira (10), no site do IDados e pode ser conferida aqui.