O Twitter anunciou nesta terça-feira um conjunto de mudanças para combater discursos de ódio e agressões entre seus usuários. As novas medidas, publicadas no blog da companhia, incluem impedir que os perfis com históricos de assédio e agressão criem novas contas, a possibilidade de bloquear tweets potencialmente abusivos e de “baixa qualidade” e uma nova busca mais segura.
O Twitter está trabalhando na identificação de usuários que têm suas contas suspensas com frequência e quer impedir que eles criem novos perfis, disse em uma publicação o vice-presidente de engenharia da empresa Ed Ho. De acordo com ele, esta nova medida visa especificamente “contas que são criadas apenas para abusar e perseguir outros”.
No final de janeiro, Ho publicou em sua conta que “tornar o Twitter em um lugar mais seguro é o nosso foco principal e agora estamos nos movendo com mais urgência do que nunca”.
Já a nova função de pesquisa segura impede que os tweets que são abusivos, ou de contas bloqueadas e silenciadas, apareçam nos resultados de pesquisa dos usuários. Segundo o chefe de engenharia da companhia, esses tweets ainda podem ser encontrados se as pessoas quiserem vê-los, mas eles “não vão desordenar os resultados de busca por mais tempo”.
A decisão do Twitter de esconder ou derrubar conteúdo abusivo, ao invés de excluí-lo ou proibi-lo, vai de encontro a sua posição de longa data como defensor da liberdade de expressão e “pessoas podendo ver todos os lados de qualquer tópico”, disse Ho.
Um levantamento publicado pelo BuzzFeed em setembro ouviu 2.700 usuários do micro blog. Do total, 90% dos entrevistados disseram que a rede social não fez nada depois de casos de abuso terem sido denunciados.
Dois meses depois, em novembro, a companhia lançou uma ferramenta que permite aos usuários marcar tweets como odiosos. O recurso de silenciar mensagens agressivas passou por melhoras. Na última semana, o Twitter introduziu uma ferramenta de relatórios para pessoas que enfrentam assédios direcionados.