Trabalhadores da Embraer entraram em greve nesta terça-feira, 3, após não aceitarem a proposta de reajuste salarial negociada com a empresa. A decisão paralisa 100% da produção da empresa por tempo indeterminado.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, há cerca de 5 mil trabalhadores na planta. A Embraer não informou o número de trabalhadores e os efeitos nas atividades com a greve.
Os grevistas pedem reajuste salarial com ganho real, isto é, acima da inflação acumulada. A empresa ofereceu reposição de 4% nos salários, rejeitado pelos trabalhadores. O sindicato, no entanto, não disse qual é o percentual extra reivindicado. Além da questão salarial, os trabalhadores reclamam de uma proposta da empresa em reduzir a estabilidade do trabalho para 21 meses em caso de doença ocupacional e 60 meses em caso de acidentes de trabalho. Atualmente, os trabalhadores da Embraer contam com estabilidade até a aposentadoria em caso de afastamento por doença relacionada com o trabalho ou acidente.
Procurada pela reportagem, a Embraer informou que reajustou os salários por 4,06% — índice correspondente a inflação acumulada em 12 meses até agosto — para os funcionários que recebem até 10 000 reais, e um fixo de 406 reais para salários acima desse valor.