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Taxa de desemprego sobe para 7,9% no primeiro trimestre, aponta IBGE

Piora no cenário do mercado de trabalho tem acréscimo de 542 mil brasileiros buscando emprego, num total de 8,6 milhões de desocupados

Por Larissa Quintino Atualizado em 8 Maio 2024, 12h48 - Publicado em 30 abr 2024, 09h19
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  • A taxa de desocupação ficou em 7,9% no primeiro trimestre de 2024, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira, 30. Em relação ao período imediatamente anterior, houve um aumento de 0,5 ponto na taxa de desemprego. Ao todo, são 8,6 milhões de pessoas em busca de emprego no país no período.

    De acordo com os dados da Pnad Contínua, a população desocupada cresceu 6,7% em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2023, um aumento de 542 mil pessoas em busca de trabalho. Na comparação anual, o cenário de 2024 é melhor: a taxa de desemprego no 1º tri do ano passado foi de 8,8%, com 9,4 milhões de desempregados na época. Apesar do aumento, o indicador está no menor nível para o período desde 2014, quando chegou a 7,2%

    O IBGE também registrou uma redução da população ocupada do país neste início de ano. Esse contingente recuou 0,8% na comparação trimestral. Na metodologia utilizada pelo IBGE, é considerado desocupado aquele que não está empregado e em busca de recolocação e entrada no mercado de trabalho. Já a população ocupada é quem efetivamente está trabalhando. Por isso, o percentual da desocupação e da ocupação não variam na mesma medida.

    Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, o aumento da taxa de desocupação está, sim, relacionado à redução da ocupação. Porém, a analista chama atenção para a questão sazonal do mercado de trabalho no início do ano. “Esse panorama caracteriza um movimento sazonal da força de trabalho no primeiro trimestre de cada ano, com perdas na ocupação em relação ao trimestre anterior.”

    Apesar da redução da população ocupada, o número de trabalhadores com carteira assinada não teve variação significativa na comparação com o trimestre móvel anterior (encerrado em dezembro), permanecendo em 38 milhões. Segundo a coordenadora da Pnad, “a estabilidade do emprego com carteira no setor privado, em um trimestre de redução da ocupação como um todo, é uma sinalização importante de manutenção de ganhos na formalização da população ocupada”.

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    Renda em alta

    No trimestre, o IBGE registrou um aumento de 1,5% no rendimento médio das pessoas que estavam trabalhando, num valor de 3.123 reais mensais. A elevação reflete a estabilidade no mercado de trabalho formal, com remunerações mais altas que as posições informais. No ano, a alta é de 4%.

    Com menos pessoas empregadas,  a massa de rendimentos ficou em estabilidade, com um montante de 308,3 bilhões de reais. Esse dado corresponde à soma total do montante recebido pelos trabalhadores.

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