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São Paulo vai remover o 3º dígito do preço dos combustíveis

Medida aprovada pela assembleia estadual faz com que os valores sejam expressos com duas casas decimais depois da vírgula

Por Da redação
Atualizado em 24 ago 2017, 15h26 - Publicado em 24 ago 2017, 10h02
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  • A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou na terça-feira projeto de lei (PL) que elimina o terceiro dígito de centavo do preço do litro de combustível vendido nos postos de gasolina em todo o estado. Se o PL for sancionado pelo governador Geraldo Alckmin, os preços da gasolina comum e da aditivada, do etanol e do diesel deverão ser calculados com dois dígitos de centavos.

    Por exemplo, o litro da gasolina que era vendido a 4,179 reais em determinado posto passará a ser comercializado por 4,17 reais ou 4,18 reais . Se o comerciante optar por arredondar para R4,17 reais , 50 litros passam a custar 208,50 reais, em vez de 208,95 reais.

    Pela lógica do projeto de lei, em 2016, quando os consumidores paulistas compraram 30 bilhões de litros de combustíveis, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a extinção do terceiro dígito corresponderia a economia de cerca de 300 milhões reais, se todos os preços não fossem arredondados para cima, adicionando um centavo a mais à conta final.

    Autor do PL 460/2016, o deputado estadual Ricardo Madalena (PR) acredita que a medida tornará a política de preços mais transparente. “Essa é uma estratégia que induz o consumidor a comprar o falso barato. É uma ilusão.” Segundo ele, a extinção do terceiro dígito não será refletida em preços mais altos. “O proprietário vai continuar tentando conquistar o motorista, não arredondará o preço para cima”, acredita.

    Outras regras

    Em resolução de 2013, a ANP, no entanto, já proíbe a multiplicação utilizando os três dígitos na hora de fechar o valor da conta. De acordo com o texto, os preços deverão ser expressos com três casas decimais no painel de preços e nas bombas medidoras, porém, o valor total a ser pago deve considerar apenas duas casas decimais, desprezando-se as demais. Ou seja, caso o motorista coloque 41 litros de combustível a 4,179 reais  o litro, ele deve pagar 171,33 reais e não 171,339 reais  ou 171,34 reais.

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    Desde maio de 2016, os postos de gasolina no estado do Paraná não podem comercializar combustíveis com o terceiro dígito de centavo. Em julho deste ano, os vereadores de Belo Horizonte também aprovaram em primeiro turno os preços em apenas dois dígitos de centavo. A medida, agora, aguarda votação em segundo turno.

    (Com Estadão Conteúdo)

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