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Resgate do ‘dinheiro esquecido’ nos bancos começou; saiba como pedir

Cidadão conseguirá saber valor e banco no qual 'deixou' o dinheiro, além de informar o Pix; acesso é por data marcada pelo BC na primeira etapa de consulta

Por Larissa Quintino Atualizado em 7 mar 2022, 10h27 - Publicado em 7 mar 2022, 08h29

O Banco Central inicia nesta segunda-feira, 7, a etapa de resgates do ‘dinheiro esquecido’. A autoridade monetária informa que são mais de 39 milhões de pessoas que esqueceram algum recurso em instituição financeira e esses 8 bilhões de reais voltarão para a mão de seus donos. Na etapa que inicia nessa segunda, o BC libera acessos previamente agendados. É por meio desse sistema que a pessoa poderá consultar quanto dinheiro efetivamente têm para receber e poderão informar os dados para que o PIX com a grana caia na conta.

O BC optou pelo sistema de agendamentos para solicitar o resgate do dinheiro já que, em janeiro, os clientes bancários derrubaram o site da autoridade monetária para tentar resgatar os valores. Nesta fase, em que a consulta aos valores e resgates vai do dia 7 até o dia 28 via agendamento, há 4  bilhões de reais para 28 milhões de brasileiros (26 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de pessoas jurídicas). Quem não tiver recursos agora, pode fazer uma nova consulta a partir de 2 de maio, já que há mais 4 bilhões de reais a serem liberados. 

Ao contrário da fase anterior, que a consulta para saber se havia algo para receber exigia apenas CPF e data de nascimento, nesta será necessário acessar o site valoresareceber.bcb.gov.br e fazer login pelo gov.br, a conta de serviços do governo federal, para continuar.  É preciso que o cidadão tenha acesso prata ou ouro — que são níveis de segurança da conta — para que possa seguir com a operação de consulta e resgate dos valores.

As contas prata ou ouro do gov.br podem ser fornecidas após um cruzamento da base de dados do governo federal. No caso da prata, o acesso é concedido caso o cidadão confirme seus dados via acesso a um internet banking onde possui conta corrente ou então o cruzamento dos dados do Denatran, que usam como base o sistema biométrico da CNH. Na conta ouro, o cruzamento é feito com base no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para quem tem o título de eleitor com biometria, com via certificado digital. No caso da confirmação usando os sistemas de dados biométricos, o app do gov.br fará o reconhecimento facial, via selfies e vídeos com o movimento do rosto.

Resgate

Após o login, o usuário irá conseguir consultar quanto efetivamente tem a receber e a instituição bancária na qual o dinheiro estava esquecido. Depois disso, o cidadão tem a opção de escolher como resgatar o dinheiro, se via site do BC ou em contato direto com a instituição bancária. Caso escolha “receba por aqui”, deverá informar a chave Pix da qual o depósito será feito e confirmar os dados pessoais. O sistema do BC fornecerá um número de protocolo. Anote para entrar em contato com o banco caso do dinheiro não seja creditado em até 12 dias úteis. No caso da opção “solicitar via instituição”, o cidadão entrará em contato com o banco via telefone ou e-mail informado pelo sistema e informar os dados para o depósito.

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O dinheiro esquecido é oriundo de contas corrente ou poupança encerradas como saldo disponível, tarifas cobradas indevidamente, parcelas de crédito também cobradas indevidamente, recursos de consórcios encerrados e cotas de capital e rateio de beneficiários de cooperativas de crédito. A partir de maio, também serão oferecidos recursos que estavam em contas de pagamento pré e pós pagas encerradas com saldo disponíveis e contas mantidas por sociedades corretoras de títulos e valores mobiliário encerradas com saldo disponível, entidades financeiras em liquidação extrajudicial e recursos não recolhidos do Fundo Garantidor de Crédito.

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