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Recuperação do nível de emprego ainda será lenta em 2018

Especialistas indicam que a recuperação no mercado de trabalho deve continuar, mas em ritmo baixo por causa de mais gente procurando emprego

Por Felipe Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 jan 2018, 08h00 - Publicado em 21 jan 2018, 08h00
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  • O desemprego deve continuar caindo em 2018, mas em velocidade menor. A redução de ritmo será influenciada pelo aumento da procura por emprego – pessoas que tinham desistido de achar uma vaga voltarão a tentar a sorte no mercado de trabalho.

    Para especialistas consultados por VEJA, a recuperação da economia vai ajudar na criação de postos de trabalho e mesmo que o número de desempregados não caia, haverá mudança no perfil dos empregados, com aumento de formalização e maior número de ocupados.

    Com a recessão na economia, a taxa de desemprego quase dobrou em três anos, indo de um patamar mínimo histórico no fim de  2014 para mais de 13,3% no início de 2017. Desde então, o indicador que calcula a quantidade de pessoas que não conseguiram emprego em relação ao total da população em condições de trabalhar vem caindo. A última leitura, de novembro, indicava 11,9%, e as estimativas indicam que deve subir para mais de 12% em dezembro, cuja divulgação será feita pelo IBGE no fim de janeiro.

    A avaliação é que esse movimento de queda vai permanecer em 2018, impulsionado pela forma como a economia está se recuperando: sustentada no aumento do consumo das famílias – efeito que deve se refletir na indústria pelo aumento da demanda por produto.

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    Para Carlos Henrique Corseuil, do Ipea, é importante notar que mesmo com mais busca, a recuperação tem se refletido no mercado de trabalho. “Tem mais gente participando do mercado de trabalho e, mesmo assim, o desemprego tem caído”, disse.

    O país voltou a registrar aumento na atividade no último ano, após dois anos em queda, e a aposta dos economistas é de que a produção do país crescerá 2,69%, segundo o último Boletim Focus.  “Setores ligados ao consumo costuma ser intensivos na contratação de mão de obra”, afirma Gustavo Arruda, economista do BNP Paribas.

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    Mais procura

    Um problema é que o ritmo ainda está baixo e deve ter mais gente procurando emprego, com o fim do que os economistas chamam do “efeito desalento”. Quando a situação está difícil, uma parcela dos desempregados deixa de procurar emprego porque o mercado fica menor, o que reduz a taxa de desocupação.

    “As pessoas não procuram mais trabalho por motivos psicológicos e financeiros, pois procurar trabalho também tem custo”, explica Thiago Xavier, da Consultoria Tendências. Ele calcula que, entre setembro de 2014 e setembro de 2017, 3,25 milhões de pessoas saíram da força de trabalho. “Parte desse contingente vai procurar inserção profissional em 2018”, diz.

    Além do contingente que deve voltar a procurar emprego, existe outro grupos de pessoas que deve aumentar na busca por vagas,  o de pessoas que chegaram à idade de trabalhar. Segundo o economista Bruno Ottoni, do Ibre/FGV, esse movimento acontece sempre, e o crescimento da economia tem que ser forte o bastante para absorver tanto quem chega quanto quem já estava desempregado. “Um crescimento na casa de 3%  já começa a entrar na esfera de robusto. O necessário para uma queda mais significicativa talvez seria em torno de 4%”, estima.

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    Para o especialista, a taxa de desocupação (pessoas procurando emprego em relação ao total da força de trabalho) deve subir no começo de ano, como sempre ocorre neste período, chegando a 13,4% em março. Depois, deve cair e fechar o ano em 11%.

    Mudanças na ocupação

    A queda no desemprego até agora tem sido puxada pelas informalidade e pelo trabalho por conta própria. Para Rodolfo Margato, economista do Santander, deve haver migração desse tipo de ocupação informal para o trabalho com carteira assinada. “Num primeiro momento, em saídas de recessão, é normal haver crescimento de emprego informal. Mas o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Empregados, do Ministério do Trabalho) também indica uma criação líquida de vagas formais”, explica.

    Reforma trabalhista

    Em relação aos efeitos da reforma trabalhista, que o governo alardeava que elevaria o número de empregos formais, os especialistas ainda têm dúvidas sobre seu efeito no curto prazo.

    Em novembro, foram criadas apenas 3.120 vagas de emprego intermitente, modalidade criada na nova lei trabalhista. Segundo os especialistas, a reforma trabalhista deve ter mais resultados conforme dúvidas sobre a legalidade de alguns itens for resolvida, e houver mais segurança jurídica. “É difícil alguém falar que a reforma trabalhista vai atrapalhar”, resume Arruda.

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