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Produção da indústria sobe pelo 2º mês, mas ainda tem queda de 1,4% no ano

Expansão de 0,3% de setembro foi puxada pelo setor automotivo; segundo o IBGE, crescimento está concentrado em poucas atividades

Por da Redação
Atualizado em 1 nov 2019, 09h54 - Publicado em 1 nov 2019, 09h30
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  • A produção industrial brasileira cresceu em 0,3% em setembro em relação a agosto. É o segundo mês consecutivo de expansão, puxado principalmente pela produção de veículos automotores, com alta de 4,3%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta sexta-feira, 1º, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

    Apesar da perda no ritmo do crescimento em relação a agosto de 2019 – quando cresceu 1,2% –, a variação é considerada positiva. “Temos o crescimento na produção da indústria por dois meses consecutivos, algo que não vemos desde março e abril de 2018. A observação é que esse crescimento está concentrado em poucas atividades: 11 das 26 atividades mensuradas pela pesquisa. O ideal é que atinja um número maior de setores”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.

    Apesar dos últimos dois meses positivos, no ano, a produção industrial acumula queda de 1,4%. “Temos um ambiente de incerteza no mercado, com parte das famílias adiando as decisões de consumo, os trabalhadores fora do mercado de trabalho e a diminuição na demanda”, explica Macedo.

    A produção industrial de veículos automotores, reboques e carrocerias avançou 4,3% em setembro e, assim, conseguiu reverter o recuo de 2,4% no mês de agosto. Para Macedo, essa volatilidade pode ser explicada, por um lado, pela perda da exportação para a Argentina, refletida no índice de agosto, e, em setembro, pelo aumento da demanda doméstica.

    Outros setores que tiveram impacto positivo na produção foram o de confecção de artigos de vestuário e acessórios (6,6%), de bebidas (3,5%), de produtos de metal (3,7%), de móveis (9,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,0%) e de produtos de borracha e de material plástico (1,4%). Todas essas atividades haviam apresentado taxas negativas no último mês de agosto.

    Entre os setores que apresentaram redução na produção de setembro estão os de impressão e reprodução de gravações (-28,6%), indústrias extrativas (-1,2%), máquinas e equipamentos (-2,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,8%) e produtos do fumo (-7,7%).

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