A produção industrial no Brasil 1,1% em setembro ante agosto, conforme mostrou a Pesquisa Industrial Mensal, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. 1º de novembro. Em agosto, a produção industrial brasileira havia subido 0,1% após uma queda em julho.
O número mensal veio ligeiramente acima da expectativa do mercado, de um avanço de 0,9%. Na comparação anual, a alta foi de 3,4%, ante 2,8% de estimativa do mercado financeiro. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, avançou 2,6% em setembro, permanecendo com taxa positiva e intensificando o ritmo de crescimento frente aos resultados de agosto (2,4%), julho (2,2%), junho (1,5%) e maio (1,2%) de 2024.
Três das quatro grandes categorias econômicas e 12 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram avanço na produção. Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram assinaladas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%) e produtos alimentícios (2,3%), com ambas voltando a crescer após recuarem nos meses de agosto e julho de 2024, período em que acumularam perdas de 3,5% e de 4,2%, respectivamente. Vale destacar também as contribuições positivas registradas pelos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,5%), de produtos do fumo (36,5%), de metalurgia (2,4%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,3%).
Por outro lado, entre as 12 atividades que apontaram queda na produção, indústrias extrativas (-1,3%) e produtos químicos (-2,7%) exerceram os principais impactos na média da indústria, com a primeira voltando a recuar após avançar 1,0% no mês anterior; e a segunda interrompendo três meses seguidos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 10,5%. Outros impactos negativos relevantes sobre o total da indústria vieram de outros equipamentos de transporte (-7,8%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,7%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital (4,2%) assinalou a taxa positiva mais elevada em setembro de 2024 e eliminou parte do recuo de 4,6% registrado em agosto último. Os segmentos de bens intermediários (1,2%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) também mostraram crescimento na produção nesse mês, com ambos marcando o segundo resultado positivo consecutivo e acumulando nesse período avanços de 1,6% e 1,1%, respectivamente. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo duráveis, ao recuar 2,7%, apontou a única taxa negativa em setembro de 2024 e repetiu a magnitude de perda verificada no mês anterior.