Levantamento feito pela Quantum Finance divulgado nesta quarta-feira mostra a divisão por raça e gênero entre as empresas listadas na Bolsa de Valores brasileira. Os brancos representam a maioria dos funcionários, com 40,54%, seguidos por pardos, que compõem 33,62%. Na composição por gênero, os homens são maioria, representando 54,64% do total de funcionários.
Nas lideranças, essa disparidade se mantém, com os homens ocupando 53,61% das posições de chefia e mulheres, 31,66%. No recorte por raça na liderança, os brancos estão em 57,81% dos cargos de chefia. Líderes pardos, negros e de outros grupos são minoria, com representação menor do sua proporção entre o total de empregados.
Para chegar aos dados, a Quantum Finance se baseou nos Formulários de Referência ( FRE) mais recentes encaminhados pelas empresas de capital aberto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Confira os dados completos:
Pesquisa mostra que investir em diversidade fortalece a cultura
Uma pesquisa feita pela startup de análise de dados to.gather mostra que empresas que investem em diversidade, além de melhorar os níveis de inclusão fortalecem sua cultura.
A equipe da startup analisou dados de 289 empresas de diversos setores e que juntas empregam cerca de 1,5 milhão de pessoas. O levantamento verificou que menos da metade das empresas investem especificamente em diversidade: 42,1%.
Entre as companhias que investem, a maior parte formada por grandes empresas, 79,7% relatam um fortalecimento da cultura da empresa entre os funcionários, contra 36,1% do grupo que não destina recursos específicos para diversidade e inclusão.
Os resultados mostram que 55,3% das empresas que investem de maneira dedicada avançam na inclusão de grupos historicamente sub-representados:
Mulheres: são 41,4% nas empresas que investem vs. 37,7% nas empresas sem investimentos.
Pessoas pretas e pardas: 32,9% vs. 29,5%.
LGBTQI+: 11,1% vs. 8,9%.
Pessoas com deficiência: 3,9% vs. 2,7%.
Pessoas trans e travestis: 1,1% vs. 0,7%.
Pessoas com mais de 50 anos: 10,9% vs. 11,0%.
Pessoas neuroatípicas: 4,2% vs. 1,2%.