O consumidor já está pagando mais caro para encher o tanque do carro. É que muitos postos de gasolina repassaram o reajuste anunciado ontem sobre o PIS/Cofins incidente sobre combustíveis para a bomba.
Em dois postos de gasolina consultados, ambos localizados na avenida Alcântara Machado, o preço do litro da gasolina comum passou de R$ 3,09 para R$ 3,59. Nesses mesmos lugares, o litro do etanol passou de R$ 2,09 para R$ 2,29.
Um outro posto, no Cambuci, subiu o litro da gasolina de R$ 2,99 para R$ 3,09. Mas o gerente, que pediu para não se identificar, informou que o preço deve subir novamente nos próximos dias.
Outro posto, localizado na rua Muniz de Souza, ainda não reajustou seu preço. No entanto, o litro da gasolina lá já custa R$ 3,39, mais que nos outros estabelecimentos.
Com o reajuste do PIS/Cofins, a alíquota sobre o litro de gasolina dobrou de R$ 0,38 para R$ 0,79 por litro.
A expectativa era de o litro da gasolina subisse até R$ 0,41, mas os postos estão aplicando aumentos superiores. No caso do diesel, a alíquota subirá de R$ 0,248 para R$ 0,4615 centavos o litro nas refinarias, que podem repassar o valor integral ao consumidor.
No etanol, o PIS/Cofins para as distribuidoras, que estava zerado, passará a R$ 0,1964 centavos por litro.
Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Gouveia, o tamanho do reajuste foi inesperado, e o impacto deve ser grande em um setor cujas vendas caíram cerca de 15% desde outubro do ano passado. “Um aumento de R$ 0,41 na gasolina é mais que a margem que alguns postos trabalham, que é de R$ 0,35”, disse a VEJA.