O economista Adriano Pires tem mais de trinta anos de atuação no mercado de óleo e gás no Brasil. O que seria uma incontestável vantagem no currículo de qualquer candidato à presidência de uma companhia de petróleo, se tornou um grande problema assim que ele foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para assumir a Petrobras. O Centro Brasileiro de Infraestrutura, consultoria de Pires, mantinha contratos com outras empresas do setor, o que caracterizava conflito de interesses pelo setor de “compliance” da petroleira. “Queriam que eu vendesse, em dez dias, um negócio que demorei uma vida para construir”, explicou durante sua participação no Amarelas On Air, programa de entrevistas de VEJA.
Em entrevista aos jornalistas Ricardo Ferraz, editor de VEJA, Pedro Venceslau, repórter do Estadão e Karina Trevizan, do site Investnews, Pires falou sobre as tentativas de intervenção do governo na Petrobras, mas ressaltou que o país atravessa uma “tempestade perfeita” e, dificilmente, o governo terá tempo para fazer o valor dos combustíveis baixar na bomba. “O Preço mais barato de gasolina e diesel no Brasil ninguém pode entregar, porque ele está ligado ao preço barril de petróleo, cuja trajetória é de alta, e ao câmbio, que continua valorizado. Então, não vai entregar, é impossível, a não ser que se faça uma intervenção, o que também não é plausível”, disse.
O economista defendeu que o governo contenha a alta de combustíveis subsidiando a compra de gasolina e diesel, enquanto o mercado apresentar volatilidade – principalmente em função do conflito entre Rússia e Ucrânia – e por meio de políticas sociais, como a concessão do auxílio gás e de vouchers para caminhoneiros e motoristas de aplicativos. A sociedade de economia mista, em que o governo é o controlador principal da companhia, enquanto sócios privados são mantidos como acionistas minoritários, também foi alvo de críticas de Pires. “Se a a Petrobras dá lucro, é um problema. Se dá prejuízo, também é um problema. Então, a Petrobras é um problema, por incrível que pareça”, alfinetou, em tom provocativo. Para o consultor, a empresa deveria ser privatizada.
Com apresentação de Clarissa Oliveira, o Amarelas On Air inspirou-se nas tradicionais Páginas Amarelas, que estampam a edição impressa de VEJA. A cada semana, o programa recebe um novo convidado, sempre um nome relevante da cena política e econômica. A entrevista é feita por uma bancada composta de jornalistas de VEJA e convidados.
O Amarelas On Air é parte da estratégia digital de VEJA, que contempla a expansão da área de vídeo e de projetos multimídia. O programa estreou em setembro do ano passado e, desde então, recebeu grandes nomes da cena política e econômica do país. A entrevista será transmitida simultaneamente no YouTube, Facebook e Twitter. Também ganhará versões para Instagram e LinkedIn.
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