Assunto do momento, a reforma tributária pode fazer o PIB do país crescer 2,39% até 2032, em relação ao cenário sem nenhuma reforma. É o que revela um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O estudo também analisa os possíveis impactos da reforma tributária por setor. A PEC 45/2019, que era a proposta de menor alíquota, geraria maior crescimento econômico, porém com ganhos e perdas regionais e setoriais consideráveis. Em contrapartida, as simulações dos impactos da proposta do substitutivo da PEC 45/2019, que apresenta a maior alíquota, teria impactos com crescimento econômico sustentável.
Os setores que mais sofreriam com a aprovação da reforma tributária como ela está colocada hoje são transporte e hospedagem e alimentação. O impacto do PIB setorial até 2032 é de -1,81% e -2,80%, respectivamente.
Ainda que a queda seja relevante, o impacto seria muito maior antes do substitutivo. O tombo nesses dois setores seria de -6,80% e -13,80%. Mesmo assim, transporte e hospedagem não seriam os únicos prejudicados. Agropecuária, que cresceria +0,2% com a reforma tributária que está para ser votada na Câmara, tombaria -13,2%. Informação e comunicação, que cairia -3,8%, agora ficaria quase no zero a zero: +0,27%.
Os setores de extrativismo (+11,40%), transformação (+7,98%) e energia, água e gás (+6,62%) devem ser os maiores beneficiados com a reforma tributária, mas não tanto quanto antes. A proposta original da PEC 45 estimava um crescimento de +30,3%, +21,6% e +19,8%, respectivamente.
As menores variações de crescimento são em construção (de +0,53% para +0,2%) e comércio (de +2,35% para 7,2%).