A General Motors (GM) anunciou hoje que fechou um acordo para a venda de sua unidade europeia, a Opel, para a Peugeot e o BNP Paribas, por 2,2 bilhões de euros (7,26 bilhões de reais). Pelo acordo, a Peugeot pagará 1,3 bilhão de euros (4,29 bilhões de reais) pelas marcas Opel e Vauxhall. Com a aquisição, a expectativa é que a PSA (dona da Peugeot) se torne a segunda maior montadora europeia, atrás apenas da Volkswagen.
Já as operações financeiras da Opel serão adquiridas em conjunto pela Peugeot e pelo BNP Paribas, por cerca de 900 milhões de euros (2,97 bilhão de reais). A transação também prevê garantias para que a GM adquira até 4,2% do capital da Peugeot. Como essas opções só poderão ser exercidas cinco anos após a data de emissão, a GM não se tornará acionista da montadora francesa de imediato.
Ao se desfazer da Opel, que vendeu seu primeiro veículo no fim do século 19 e hoje comercializa em torno de 1 milhão de automóveis por ano na Europa, a GM verá seu volume global cair cerca de 10%, o que significa que a executiva-chefe da empresa norte-americana, Mary Barra, não tem planos de acirrar a disputa pelo título de maior montadora do mundo.
A forte queda da libra esterlina que se seguiu à vitória do chamado “Brexit” – processo para a retirada do Reino Unido da União Europeia -, em meados do ano passado, acabou com a expectativa da GM de voltar a ter lucros com a Opel em 2016. No mercado britânico, a Opel vende cerca de 250.000 carros da marca Vauxhall por ano.
Apesar da perda em volume, a GM terá uma melhora imediata em sua margem de lucro, uma vez que a Opep opera no vermelho desde 1999 e vem apresentando prejuízos anuais em torno de 1 bilhão de dólares (3,11 bilhões de reais) desde então. Já os concorrentes de Detroit – Ford e Fiat Chrysler – voltaram a lucrar na Europa recentemente.
(Com Estadão Conteúdo)