A Petrobras voltou a reduzir o preço médio do litro da gasolina em suas refinarias. O novo valor passa a valer a partir de sexta-feira, 19. Com a mudança, o preço médio do combustível vai recuar 2,14%, ou 0,0360 reais por litro, cotado agora a 1,646 reais por litro.
Já o preço do diesel terá recuo de 0,0444 reais por litro no preço médio. O valor caiu 2,15%, para 2,021 reais por litro. Os dois combustíveis não eram reajustados desde o dia 8 de julho.
Ambas as cotações estão nos menores valores desde fevereiro. A gasolina teve a quinta queda consecutiva, mas no ano ainda acumula alta de 9%. No caso do diesel, esta foi a segunda redução seguida, com o preço registrando ganho acumulado em 2019 de cerca de 12%.
Para o reajuste de preços, a Petrobras leva em consideração o chamado Preço Paridade Internacional (PPI), influenciado por fatores como câmbio e o preço do barril de petróleo no mercado internacional. A companhia utiliza ainda mecanismos de proteção através de derivativos financeiros para reduzir a frequência dos reajustes. O repasse do preço da gasolina ao consumidor final depende tanto das distribuidoras como dos postos de combustível.
A política de reajustes
Em 2017, os reajustes de preços de combustível pela Petrobras, que eram subsidiados, passaram a ocorrer quase diariamente regidos integralmente pelo mercado internacional. A greve dos caminhoneiros, em maio de 2018, no entanto, fez com que a petroleira criasse uma nova política de subsídios — menos intensa que a anterior — que durou até o final de 2018. Junto a isso, a partir de setembro do mesmo ano, os reajustes passaram a ser mais espaçados, ocorrendo com até 15 dias de intervalo.
Com o fim da política de subsídio, o ano de 2019 começou com a Petrobras anunciando reajustes em períodos curtos, mas não definidos. Em um mesmo mês, por exemplo, ocorreram cinco alterações nos preços. A partir de março, o modelo mudou novamente e os reajustes passaram a ocorrer em intervalos não menores a 15 dias. A decisão foi revista em junho, quando a Petrobras anunciou que as alterações nos preços dos combustíveis não teriam mais periodicidade definida.