Os ativos brasileiros ou ligados ao país são negociados com forte baixa em Wall Street, em reação ao aumento da aversão ao risco do investidor estrangeiro nesta quinta-feira por conta da nova crise política que paira sobre o Brasil.
O clima de tensão ocorre após a notícia de acordo de delação premiada firmada com a Procuradoria-Geral da República, o dono da JBS Joesley Batista gravou um áudio em que o presidente Michel Temer aparece dando aval para o pagamento de uma mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro, segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo na tarde da última quarta-feira
Entre os fundos de índices (ETFs, na sigla em inglês), o iShares MSCI Brazil Capped, ou EWZ, como é mais conhecida a maior carteira ligada ao Brasil, despencava 13,13% no pré-mercado eletrônico da Bolsa de Nova York, às 6h36 (horário de Brasília). Essa carteira conta com ativos de cerca de 4 bilhões de dólares (12,54 bilhões de reais).
O ETF é um fundo de investimento que simula o mercado de ações e tem como característica a negociação em bolsa. Ele costuma ser um termômetro para a tendência do mercado acionário no Brasil.
Os American Depositary Receipts (ADRs) de empresas brasileiras, que são papéis usados para que suas ações sejam negociadas nos Estados Unidos – operam em forte baixa nos negócios do pré-mercado em Nova York. Por volta das 8h20 (horário de Brasília) desta quinta-feira, dia 18, um dos ADRs da Petrobras despencava 14,6% no pré-mercado, enquanto o do Itaú caía 14,7% e o da Vale recuava 9,7%.
(Com Estadão Conteúdo)