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Pandemia e instabilidade política afundam a projeção do PIB de 2020

Flexibilização das medidas de isolamento social durante alta dos casos gera instabilidade -

Por Larissa Quintino Atualizado em 8 jun 2020, 09h37 - Publicado em 8 jun 2020, 09h34

A previsão para a economia em 2020 continua em declínio e pela 17ª semana consecutiva, analistas do mercado financeiro revisaram a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 para baixo. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 8, a economia brasileira deve apresentar contração de 6,48% – na última semana, a estimativa era de queda de 6,25%. O avanço da pandemia de coronavírus pelo país, junto com as incertezas sobre como será feita a flexibilização de atividades e a instabilidade política no país ajudam a afundar as previsões para este ano.

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O brutal recuo no desenvolvimento da economia brasileira neste ano começa a se materializar em dados. A atividade da indústria, por exemplo, caiu quase 19% em abril, mês que foi inteiro afetado por restrições de distanciamento social. O PIB do primeiro trimestre, antes da fase mais aguda da pandemia no país, registrou queda de 1,5% de janeiro a março, mostrando o brutal impacto da crise em uma economia que vinha em recuperação da crise vivida entre 2015 e 2016.

No início do ano, quando a pandemia do coronavírus estava concentrada na China e não se sabia ao certo quando e como chegaria ao Brasil, os especialistas estimavam crescimento econômico para este ano na casa de 2,3%. Com o pior resultado dos últimos dez anos estimado para 2020, no contexto da crise anterior, esta década caminha para ser a pior década perdida da economia brasileira.

 

Inflação, juros e dólar

A queda na demanda causada pela pandemia desenha uma crise deflacionária, devido à queda da demanda e do poder aquisitivo do consumidor. Os economistas consultados pelo Banco Central para o Focus reduziram, novamente, as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, que mede a inflação oficial no país. Com menos demanda de produtos, os preços tendem a não acelerar tanto. A previsão para o indicador saiu de 1,55% para 1,53% no ano, abaixo da meta traçada, que é de 4% e também abaixo da margem de tolerância, que varia entre 2,5% e 5,5% para este ano. Em abril, o resultado do IPCA de abril trouxe deflação de 0,31%, primeira vez na história que o indicador de abril é negativo. O dado de maio deve ser divulgado na próxima quarta-feira pelo IBGE. 

A projeção para o dólar ficou em 5,40 reais ao fim do ano. A moeda americana arrefeceu a cotação nas últimas semanas e fechou a sexta-feira cotada abaixo de 5 reais, aos 4,99 reais. O pacote europeu para ajuda dos estados membros da União Europeia e a melhora nos dados de desemprego dos EUA ajudaram na queda da cotação por aqui. Os analistas também mantiveram a previsão da taxa Selic, em 2,25%, como na semana passada. Atualmente, a taxa de juros básica da economia brasileira está em 3%, menor percentual da história.

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