Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Os impostos esquecidos que poderiam turbinar o plano de Haddad

Brasil deixou de arrecadar 129,2 bilhões de reais em impostos com contrabando e pirataria na indústria; prática quadruplicou nos últimos 8 anos

Por Luana Zanobia Atualizado em 9 mar 2023, 15h14 - Publicado em 9 mar 2023, 11h29
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A apresentação de uma nova regra fiscal e a reforma tributária são as principais prioridades do governo, ao menos na ala econômica, que pretende diminuir o déficit bilionário herdado da última gestão. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está trabalhando em conjunto com sua equipe para aprovar novas regras fiscais que possam aumentar a arrecadação por meio do aumento de impostos para os mais ricos e reduzir a carga tributária sobre o setor produtivo. Haddad já afirmou que o governo planeja votar a reforma tributária sobre o consumo no primeiro semestre deste ano e a reforma sobre a renda no segundo semestre, mas sabe que será necessário muito jogo político para avançar nesses temas.

    Haddad prevê especialmente a redução de impostos para a indústria, setor que encolheu sua participação no PIB brasileiro na última década, de 23,1% em 2011 para 18,9% em 2021. A revisão tributária para o setor é importante para estimular a produção e investimentos. O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo e um sistema complexo e burocrático, com diferentes alíquotas e regimes de tributação, afetando negativamente os investimentos e a confiança dos investidores. Além dessas revisões, o governo deve também se atentar a medidas que diminuam a pirataria e o contrabando, que são responsáveis por perdas bilionárias em impostos. De acordo com o Fórum Nacional Contra a Ilegalidade (FNCP), somente em 2022 as perdas com o contrabando atingiram a marca de 410 bilhões de reais, incluindo as perdas registradas por 14 setores industriais que totalizam 280,8 bilhões de reais, e uma estimativa de 129,2 bilhões de reais dos impostos que deixaram de ser arrecadados.

    O presidente do FNCP, Edson Vismona alerta que esses números podem não refletir o tamanho real do problema, uma vez que os impostos não arrecadados são baseados em um percentual tributário de 46%, enquanto em alguns produtos, como o cigarro, o imposto pode chegar a 90%, dependendo do estado. 

    O contrabando vem aumentando consideravelmente nos últimos anos e quadruplicou de tamanho em menos de uma década, passando de 100 bilhões de reais em 2014 para 410 bilhões de reais em 2022. O setor de vestuário é o mais afetado em volume, com perdas de 84 bilhões, representando um aumento de 40% em relação a 2021 (60 bilhões de reais). Outros setores impactados incluem bebidas alcoólicas (72,2 bilhões de reais), combustíveis (29 bilhões de reais), cosméticos e higiene pessoal (21 bilhões de reais), defensivos agrícolas (20,8 bilhões de reais), TV por assinatura (12,1 bilhões de reais) e cigarros (10,5 bilhões de reais).

    O contrabando e a pirataria são práticas ilegais que podem causar grandes prejuízos à arrecadação tributária do país. Isso ocorre porque essas atividades envolvem a comercialização de produtos sem o pagamento de impostos e taxas que são devidos ao governo. Como resultado, o governo perde receita e não consegue arrecadar o valor que seria devido, prejudicando a economia e as finanças públicas. Além de gerar prejuízos financeiros para o país, o contrabando também pode ser responsável por problemas de saúde pública, como a comercialização de produtos falsificados ou sem certificação adequada.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.