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Onde investir seu dinheiro em 2019

VEJA fez um levantamento da rentabilidade dos fundos e comparou com os principais índices do mercado financeiro

Por Machado da Costa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jan 2019, 07h00 - Publicado em 4 jan 2019, 07h00
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  • Com a alta do dólar e do Ibovespa em 2018, fundos de ações, cambiais e multimercados conseguiram extrair boa rentabilidade em um período que o investidor experimentou os menores juros básicos dos últimos 20 anos.

    VEJA fez um levantamento baseado na rentabilidade de 10 fundos abertos e com aplicação mínima de até 10.000 reais de cada segmento com melhor performance. Para quem não dispõe de tempo ou conhecimento para fazer os próprios investimentos, eles se mostraram excelentes opções em 2018.

    Enquanto o Ibovespa teve valorização de 15% no ano, os fundos de ações registraram alta de 36,5%. O dólar teve alta de 17% no ano, e os fundos cambiais apresentaram valorização de 19,2%. Já os multimercados, que aliam investimentos em renda fixa e variável, tiveram alta de 14,8%, enquanto que o título do Tesouro que mais pagou esse ano, o Prefixado 2023, entregou 14,51%.

    “Com uma estabilidade da inflação e da Selic, fica mais fácil para os fundos conseguirem bons rendimentos”, explica Pedro Galdi, analista da corretora Mirae Asset. “Temos um novo cenário econômico de Brasil que sugere melhora dos fundamentos das empresas. Consequentemente, as projeções de preços de ações sobem. Isso tem feito diferença a favor dos fundos”, explica.

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    Para 2019, o cenário parece estar ainda mais favorável. Projeções indicam que o Ibovespa valorize mais de 40%, com um câmbio estável e Selic também. “Se o governo fizer 30% do que está prometendo, a bolsa dispara”, diz Galdi.

    O otimismo reflete também uma maior robustez das empresas. No terceiro trimestre do ano, o lucro líquido das empresas listadas na bolsa de valores de São Paulo, a B3, apresentou um crescimento de 25% em relação ao mesmo período de 2017, segundo a consultoria Economatica. Isso cria um ambiente de otimismo em relação ao futuro das companhias. Como disse Galdi, com câmbio, inflação e juros controlados, diminuem-se as incertezas relacionadas à economia, criando um círculo virtuoso de alta da confiança entre empresários e consumidores.

    O planejador financeiro Helio Fugagnoli afirma há outros motivos para os investidores apostarem nos fundos. “Muita gente migrou para os fundos porque tem a vantagem de ter um gestor, que conhece muito melhor o mercado financeiro do que os poupadores”, diz. “Além disso, outra vantagem é que o dinheiro do investidor não fica completamente preso como em um CDB, por exemplo, que prende os recursos por até dois anos.”

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    Ele indica para quem possui uma situação financeira saudável, reservar parte do dinheiro para fundos multimercados e de ações neste ano. “Para aquele dinheiro sem destino certo e que não participa da reserva de emergência, os fundos multimercado e de ações prometem ser boas apostas para 2019. O mercado de ações deve continuar rendendo”, afirma.

    Apesar do otimismo com os fundos, a planejadora financeira Paula Sauer diz que o investidor tem que entender qual o seu perfil antes de alocar recursos nesse tipo de investimento. Ela explica que o poupador precisa entender os riscos desse mercado e ter paciência em momentos de queda.

    “Estamos saindo de um ano de eleições, o que normalmente já deixa o mercado mais volátil, as incertezas são maiores, o que para muitos aumenta a aversão a perda. Em um cenário desses, o mais indicado realmente, é ter os recursos diversificados e pensados de acordo com o perfil de cada um”, afirma Sauer. “Existem características muito importantes que devem ser levadas em conta antes de se montar uma carteira de investimentos como o objetivo do investimento – como a aquisição de um bem ou serviço –, o tempo da aplicação e quanto esse recurso representa no patrimônio.”

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    Por fim, a planejadora diz que todo investidor que pretende entrar em mercados de renda variável deve se fazer uma pergunta: “Como você se sentiria se perdesse 40% do valor aplicado?”.

    A seguir, as projeções otimistas e pessimistas para os principais indicadores do mercado financeiro.

     

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