Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Oito mais ricos do mundo têm o mesmo que 3,6 bilhões, diz Oxfam

Para entidade, a concentração de riquezas do equivalente à metade mais pobre da população na mão de poucas pessoas é 'obscena'

Por Da redação
Atualizado em 16 jan 2017, 14h28 - Publicado em 16 jan 2017, 09h13
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Apenas oito indivíduos, todos homens, possuem tanto dinheiro quanto 3,6 bilhões de pessoas – a metade mais pobre da população mundial – segundo informações da fundação Oxfam. A entidade divulgou um relatório nesta segunda-feira e pediu por ações que reduzam os ganhos daqueles que já estão no topo. Os cálculos se basearam em dados do banco suíço Credit Suisse e da revista de negócios americana Forbes.

    Em um momento no qual políticos e muitos bilionários se reúnem para o encontro anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, o relatório da ONG sugere que a desigualdade de renda está maior do que nunca, com novos dados para China e Índia indicando que a metade mais pobre da população mundial possui menos recursos do que anteriormente estimado.

    A Oxfam, descreve essa desigualdade como “obscena”. Antes, era estimado que 62 pessoas correspondessem a essa parcela da população. Em 2010, foram necessários os ativos combinados das 43 pessoas mais ricas do mundo para se igualar às riquezas somadas dos 50% mais pobres, de acordo com os cálculos mais recentes.

    A desigualdade tem movimentado a agenda internacional nos últimos anos, inclusive tendo o papa Francisco entre aqueles que alertaram sobre seus efeitos corrosivos, ao passo que um ressentimento com as elites tem ajudado a motivar um surto no populismo político.

    “Vemos muita preocupação -e claramente a vitória de Trump e o Brexit deram novo ímpeto a isso neste ano- mas há uma falta de alternativas concretas”, disse Max Lawson, chefe de políticas da Oxfam. “Há maneiras diferentes de gerenciar o capitalismo que poderiam ser muito, muito mais benéficas para a maioria das pessoas.”

    Continua após a publicidade

    A Oxfam pediu em relatório para que se reprimisse evasão fiscal e por uma mudança no chamado capitalismo acionário “sobrecarregado”, que recompensa desproporcionalmente os ricos.

    Enquanto muitos trabalhadores lutam com rendas estagnadas, a riqueza dos super ricos tem crescido uma média de 11% ao ano desde 2009.

    Bill Gates, homem mais rico do mundo e rotineiro frequentador de Davos, viu sua fortuna crescer em 50%, ou 25 bilhões de dólares (80,43 bilhões de reais), desde que anunciou planos de deixar a Microsoft em 2006, apesar de seus esforços de se desfazer de grande parte dessa riqueza.

    Continua após a publicidade

    Embora Gates exemplifique como a riqueza excessiva possa ser reciclada para ajudar os pobres, a Oxfam acredita que a “grande filantropia” não ajuda a solucionar o problema fundamental. “Se bilionários escolherem dar seu dinheiro, essa é uma coisa boa. Mas a desigualdade importa e você não pode ter um sistema onde bilionários estão sistematicamente pagando menos impostos do que suas secretárias ou seus faxineiros”, disse Lawson.

    Os oito indivíduos nomeados no relatório são Gates; Amancio Ortega, fundador da Inditex; o investidor veterano Warren Buffett; o magnata mexicano Carlos Slim; o chefe da Amazon, Jeff Bezos; Mark Zuckerberg, do Facebook; Larry Ellison, da Oracle, e o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg.

    (Com Reuters)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.