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O que é deflação e por que consumidor não sente a queda de preços

A deflação terá efeitos negativos se ocorrer por um período mais longo, resultando em um processo deflacionário

Por Da redação
Atualizado em 7 jul 2017, 16h54 - Publicado em 7 jul 2017, 13h08
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  • Pela primeira vez em 11 anos, o país registrou deflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,23% em junho depois de ter subido 0,31% em maio. O último resultado negativo havia sido medido em 2006, quando houve uma queda de 0,21%.

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    Deflação é quando o preço de produtos e serviços caem em um determinado período. Isso é diferente da desinflação, que acontece quando os preços sobem em ritmo mais lento.

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    A deflação pode ser positiva ou negativa, dependendo da sua duração. “Se for um episódio isolado, como agora, é muito bom. É como uma flor no meio do pântano: estamos no meio da crise e surge uma notícia positiva”, afirmou Heron do Carmo, professor de economia da USP e ex-coordenador do IPC da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

    Mas a deflação terá efeitos negativos se ocorrer por um período mais longo, resultando em um processo deflacionário. “O processo deflacionário está associado a períodos de recessão, emprego elevadíssimo, renda despencando e as pessoas aceitando receber menos. Os preços caem porque as pessoas não conseguem comprar”, explica Heron.

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    Segundo ele, o Brasil não corre neste momento o risco de passar por um processo deflacionário. “Não devemos ter nova deflação nos próximos meses.”

    O que puxou a queda de preços em junho foi a redução do preço da energia elétrica e dos hortifrutigranjeiros. “Períodos de inverno como agora, de frio sem geada, são ótimos para os preços dos hortifrútis. As pessoas comem menos salada e a produção de alimentos não é afetada, continua estável.”

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    Ninguém sente queda de preços na gôndola

    Apesar da deflação de junho, a maioria dos consumidores se queixa de que não sentiu a queda dos preços.

    Heron diz que isso acontece porque as pessoas prestam mais atenção nos preços que sobem do que nos que caem. “Ninguém fica falando: ‘olha, minha conta de luz está mais barata’. Mas quando o preço do feijão sobe, todo mundo comenta.”

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    O preço da energia elétrica, que ajudou a reduzir os preços, deve subir nos próximos meses, já que a bandeira amarela será acionada.

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    Nas redes sociais, consumidores dizem que a maquiagem de preços – quando o fabricante reduz o preço da embalagem sem reduzir o preço – é que provocou a deflação. Heron diz que as pesquisas de preços conseguem identificar essa estratégia e modificar a forma de mensurar aquele item no levantamento.

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