A volta do horário brasileiro de verão está sendo estudado pelo governo para melhor aproveitamento da luz natural em relação à artificial e a consequente redução de consumo de energia elétrica, segundo informou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira no último dia 12 de setembro. A adoção do horário de verão é uma das medidas propostas pelo plano contingência desenvolvido pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
Quando o horário de verão vai voltar?
Ainda não há uma data específica para a volta, mas o governo deve decidir nos próximos dias. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou no dia 19 de setembro a volta da adoção do horário de verão no país. No entanto, o governo federal ainda irá avaliar o cenário. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse, no entanto, que o horário de verão não seria implementado antes do segundo turno das eleições, marcado para o dia 27 de outubro.
Por que o horário de verão vai voltar?
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou, no dia 19 de setembro, a volta da adoção do horário de verão no país. O ONS apresentou Nota Técnica ao Ministério de Minas e Energia (MME), em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), no dia 19 de setembro na sede do Operador, no Rio de Janeiro. Segundo o estudo, a adoção do horário de verão contribui para a maior eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN), em especial durante o pico de consumo noturno, quando não há energia solar disponível, no período entre 18h e 20h.
“É nesse período que o sistema precisa lidar com os desafios da saída da geração solar centralizada e da micro e mini geração distribuída e do aumento da demanda por energia”, diz a nota técnica ao explicar que dados históricos mostram que o impacto positivo é especialmente percebido nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, além do SIN.
Qual a economia de energia gerada com o horário de verão?
De acordo com o relatório do Operador, a aplicação do horário de verão, em cenários de afluências críticas, poderá trazer uma redução de até 2,9% da demanda máxima. A medida traz uma economia no custo da operação próxima a 400 milhões de reais entre os meses de outubro e fevereiro.
A maioria das pessoas é a favor do horário de verão em 2024?
Levantamento feito pelo portal Reclame Aqui e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que o horário de verão é bem-visto pela maioria das pessoas. De acordo com a pesquisa, feita com três mil pessoas, 54,9% dos entrevistados são favoráveis à mudança nos relógios ainda este ano.
Deste total, 41,8% dizem ser totalmente favoráveis ao retorno do horário de verão, e 13,1% se revelam parcialmente favoráveis. Ainda segundo o estudo, 25,8% se mostraram totalmente contrários à implementação; 17% veem com indiferença a mudança; e 2,2% são parcialmente contrários.
Houve manifestação contrária à adoção do horário de verão?
Associações de empresas aéreas manifestaram preocupação com a possível retomada do horário de verão sem prazo adequado para ajustes operacionais e logísticos. Elas pedem um mínimo de 180 dias entre o decreto e a implementação. Segundo as entidades, a mudança repentina pode impactar os passageiros e comprometer a conectividade do país, resultando em alterações de horários e possíveis problemas com embarques e conexões. A nota é assinada por Abear, ALTA, IATA e JURCAIB, que alertam para os transtornos durante a temporada de verão e festas de final de ano.
Em que ano o governo acabou com o horário de verão
Em 2019, a gestão do presidente Jair Bolsonaro extinguiu o horário de verão, que vigorou no país todos os anos de 1985 até 2018.
Quando começava e acabava o horário de verão?
A partir de 0h do primeiro domingo do mês de novembro de cada ano, até 0h do terceiro domingo do mês de fevereiro do ano subsequente, em parte do território nacional, adiantada em sessenta minutos em relação à hora legal. No ano em que tinha coincidência entre o domingo previsto para o término da horário de verão e o domingo de carnaval, o encerramento da Hora de Verão acontecia no domingo seguinte.
(Com agências)