Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

O efeito das decisões de juros na Europa sobre o dólar

Libra esterlina também se valoriza com aumento de juros na Inglaterra; impacto da Ômicron no mercado de trabalho americano também preocupa

Por Luisa Purchio Atualizado em 3 fev 2022, 15h22 - Publicado em 3 fev 2022, 12h53
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Após as decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE) na manhã desta quinta-feira, 3, o dólar despencou em relação ao euro, e teve uma desvalorização expressiva em relação à libra esterlina. No início da tarde desta quinta-feira, 3, o DXY, índice que mede a força da moeda americana em relação a uma cesta de moedas, sendo a principal delas o euro mas também composto pela libra esterlina, estava em 95,5, ante 96,2 antes da fala de Lagarde. Esta é uma queda considerável para este índice que é pouco volátil.

    O dólar ganhou muita força no mês de janeiro contra o euro e a libra esterlina, mas nesta semana perdeu todos os ganhos. Para se ter ideia, o DXY saiu de 96,1 no final de dezembro e atingiu 97,3 no dia 28 de janeiro. O dólar caía 0,90% em relação ao euro no início da tarde, enquanto a libra esterlina caía 0,15%.

    Nesta semana, o ADP, prévia dos dados oficiais de emprego que serão divulgados na sexta-feira, 4, mostrou que em janeiro os Estados Unidos fecharam 301 mil empregos no setor privado. “Há uma preocupação com o impacto da Ômicron no mercado de trabalho americano, o que pode indicar uma postura menos agressiva pelo Federal Reserve na subida dos juros. Isso enfraquece o dólar frente às outras moedas”, diz Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.

    O ambiente de maior apetite ao risco também contribui com a desvalorização do dólar, com os investidores mais dispostos a aportar na bolsa de valores, principalmente em emergentes que possuem ativos bastante desvalorizados.

    Juros e compra de títulos públicos na Europa

    Apesar da expectativa do mercado de que novidades poderiam vir de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), ela não alterou o que havia sido divulgado nos outros comunicados. O juros no bloco europeu se manteve em -0,5%, patamar no qual está desde 2019, e o plano de voo da retirada de estímulos via compra de títulos públicos não foi alterado.

    Continua após a publicidade

    Dessa maneira, o Programa de Emergência Pandêmica (PEPP), que injeta de 50 bilhões a 60 bilhões de euros por mês na economia por meio de compra de títulos públicos, deve se encerrar em março. Já o Programa de Compra de Ativos (APP), que injeta aproximadamente 20 bilhões de euros por mês pelo mesmo mecanismo, deve ser mantido somente até setembro.

    Já o Banco da Inglaterra, em continuidade à decisão da última reunião que elevou os juros no país de 0% para 0,25% ao ano, fez mais uma elevação de 0,25 ponto percentual, o que levou a taxa para 0,50% ao ano. Esse foi o primeiro aumento consecutivo desde 2004. Andrew Bailey, presidente da instituição, anunciou a redução do programa de compra de títulos, tanto do governo quanto corporativos de baixo risco — os detalhes dos números do programa não são divulgados, apenas que os recursos do vencimento não serão reinvestidos e o balanço será reduzido.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.