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MP denuncia Joesley e Wesley por uso de informação privilegiada

A denúncia acontece um dia após relatório da Polícia Federal que conclui que há "provas robustas" da atuação ilegal da dupla.

Por Da redação
Atualizado em 10 out 2017, 17h47 - Publicado em 10 out 2017, 15h12
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  • O Ministério Público Federal denunciou os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, por uso de informação privilegiada para negociação de ações e manipulação de mercado. A denúncia, feita à 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, acontece um dia após relatório da Polícia Federal que conclui que há “provas robustas” da atuação ilegal da dupla.

    Os irmãos Batista são alvo de investigação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por suspeita de se beneficiarem da delação premiada para lucrar. Segundo o processo, eles teriam feito operações de compra de dólar e com ações da JBS antes da divulgação de que colaboravam com a Justiça.

    O objetivo seria antecipar-se às oscilações do mercado por conta da notícia. Segundo as investigações da CVM, o lucro com a compra de dólares – operação que teria sido feita por Wesley Batista – seria de 100 milhões de reais. A operação com ações, em que Joesley vendeu os papéis e Wesley comprou-os em seguida, segundo o MPF – teria rendido 138 milhões de reais de lucro.

    Na denúncia, o MPF pediu que a pena imposta pelos dois crimes seja somada. Nesse caso, Joesley, pode ser condenado de dois a treze anos de prisão. Já para Wesley Batista, as penas podem variar de três a dezoito anos de prisão.

    Ambos estão presos, desde setembro, em decorrência da Operação Tendão de Aquiles, que apura o caso.

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    Outro lado

     

    Em nota, a defesa de Joesley e Wesley Batista reafirma a regularidade das operações de derivativos cambiais e mercado mobiliário, citando parecer elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e também em documentos e relatos prestados às autoridades.

    “Tais operações fazem parte da rotina da empresa, excluindo a hipótese de excepcionalidade. Os executivos confiam na Justiça e continuam à disposição para reforçar todos os esclarecimentos já apresentados.”

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