Após protesto realizado nesta quarta-feira, os motoristas de aplicativos de transporte negociaram com a Prefeitura de São Paulo novas regras para o exercício da atividade.
Segundo o presidente da Amapp (Associação de Motoristas por Aplicativos), Valter Luiz de Carvalho, eles negociaram em reunião com membros da prefeitura a alteração de dois pontos da regulamentação da atividade na cidade de São Paulo – as novas regras passaram a vigorar em 10 de janeiro. “A prefeitura propôs realizar uma nova negociação em 20 dias, essa foi a primeira parte do acordo. Dentro desses 20 dias não haverá apreensão nem multa de veículos”, afirmou Carvalho.
A Secretaria Municipal de Transportes havia anunciado que as primeiras duas semanas da mudança seriam “educativas” e os fiscais trabalhariam para orientar os motoristas que ainda não estivessem de acordo com as novas especificações. Com o acordo, os motoristas ganham 13 dias a mais para se adaptar às novas regras.
Outra mudança negociada atinge o tempo de fabricação do veículo. Até então, os motoristas cadastrados até julho de 2017 nos aplicativos poderiam trabalhar com carros de até sete anos de fabricação. Agora, o tempo subiu para oito anos.
Os motoristas que se cadastraram depois deverão seguir a nova regra, que exige que os carros tenham no máximo cinco anos de fabricação.
“Queremos apresentar uma contraproposta para que o tempo de fabricação suba de oito para 10 anos, mesmo que inclua uma vistoria dos carros pela prefeitura. Nossa preocupação é com as famílias que vão ficar sem seu ganha-pão [caso as regras não sejam alteradas]. Tem carro com 10 anos que é melhor que os mais novos”, disse o presidente da Amapp.
A manifestação reuniu cerca de 4.500 pessoas no Viaduto do Chá, zona central de São Paulo. Os motoristas reuniram-se no local a partir das 8h30 e bloquearam totalmente a via, que fica em frente à prefeitura. A mobilização prosseguiu até as 14h30, segundo o presidente da Amapp.