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Rússia suspende importação e amplia restrição à carne brasileira

Serviço de vigilância sanitária russo anuncia medidas contra seis frigoríficos do Brasil; para ministro da Agricultura, Blairo Maggi, medida é corriqueira

Por Reuters
Atualizado em 4 jun 2024, 20h18 - Publicado em 4 nov 2017, 15h09
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  • Em despacho publicado em seu site oficial, o Serviço Federal de Vigilância Sanitária e Veterinária da Rússia anunciou a suspensão temporária das importações de carne bovina do frigorífico brasileiro MataBoi, citando substâncias fora do padrão sanitário do controle adotado pelo país.

    A medida passará a valer a partir do dia 15 deste mês. Para os produtos embarcados antes dessa data, serão feitas inspeções adicionais. A decisão vale também para a gordura e miúdos bovinos produzidos pela MataBoi. As autoridades russas não informaram até quando a suspensão das compras estará em vigor.

    Para outros cinco frigoríficos, a autoridade sanitária russa impôs novas restrições para a importação de carne, fixando controles sanitários mais rígidos. Segundo o despacho publicado no site da agência russa, essas novas restrições estão em vigor desde o dia 30 de outubro.

    Foram alvo das novas restrições a carne bovina vendida pelos seguintes frigoríficos: JBS, Frigo Estrela, Frigol e Frigon – Irmãos Gonçalves. Também foi alvo de restrição a compra de carne de porco do frigorífico Aurora.

    Ministério da Agricultura afirmou que não foi notificado sobre decisão e que, por isso, não poderia comentar. Já o ministro Blairo Maggi, avaliou como normal a decisão. “Esses procedimentos são atitudes quase corriqueiras no mercado. Às vezes, há um lote que está fora do padrão, não está em conformidade. Eles fazem uma suspensão temporária para o produto voltar ao mercado”, afirmou. “É preciso ver qual é o problema e resolver”, completou.

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    Na avaliação do ministro, a decisão da Rússia não tem nada a ver com a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, deflagrada em março deste ano para combater corrupção de agentes púbicos federais e crimes contra a saúde pública, que denunciou irregularidades cometidas em frigoríficos do país. “Isso é um problema que deve ter surgido no embarque. É um problema apenas que temos de resolver.”

    Outro lado

    Por meio de sua assessoria, o frigorífico Mataboi afirmou que ainda não tem detalhes da decisão do governo russo. A empresa ressaltou que vai verificar o que ocorreu para regularizar a situação. A empresa ressaltou que não houve alteração na produção e compra de bois, pois direcionará suas vendas, nesse período, para outros mercados. O Mataboi ainda destacou que esses procedimentos são comuns no mercado de carnes.

     

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