As novas projeções de déficit primário de de analistas de mercado recuaram em relação ao mês passado, segundo o boletim Prisma Fiscal de setembro, divulgado nesta sexta-feira, 13, pelo Ministério da Fazenda. A projeção da dívida bruta do governo, no entanto, teve um leve aumento e foi a 77,91% do PIB no relatório de hoje.
Os analistas de mercado consultados mensalmente pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda estimam que o governo apresentará um déficit primário de 66,665 bilhões de reais em 2024. O levantamento de agosto indicava um déficit de 73,5 bilhões de reais. O relatório bimestral de despesas e receitas divulgado em julho revisou a projeção para um déficit de até 28,8 bilhões de reais em 2024, representando 0,25% do PIB no limite inferior da meta.
Para 2025, o cenário esperado é de piora fiscal, segundo o relatório Prisma. O mercado prevê um déficit de 93 bilhões de reais, maior do que a estimativa anterior, que era de 91,688 bilhões de reais. No Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) a meta fiscal para 2025 foi ajustada pelo governo, que mudou a previsão de um superávit de 0,5% do PIB para o déficit zero.
No relatório divulgado hoje, os analistas também revisaram para cima as expectativas de arrecadação federal para 2024, passando de 2,622 trilhões de reais para 2,633 trilhões de reais. Para 2025, a projeção aumentou de 2,751 trilhões de reais para 2,779 trilhões de reais.
A receita líquida do Governo Central para este ano também foi ajustada para 2,146 trilhões, e para 2025, a estimativa subiu para 2,264 trilhões de reais
A previsão de gastos totais do governo central em 2024 permaneceu em 2,209 trilhões de reais. Para 2025, a projeção passou de 2,343 trilhões de reais para 2,366 trilhões de reais.
As projeções da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) indicaram pequeno aumento. Para 2024, a estimativa passou de 77,72% do PIB em agosto para 77,91% no relatório mais recente. Para 2025, a previsão subiu de 80,32% para 80,61%. O governo, segundo o PLDO de 2025, espera que a DBGG alcance 77,9% do PIB no próximo ano, 79,1% em 2026 e 79,7% em 2027.