O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revogou os processos de privatização de oito estatais iniciados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, entre elas, a Petrobras e os Correios, durante a cerimônia de posse do domingo, dia 1º.
A medida já era esperada. Durante a campanha, Lula afirmou que iria parar as privatizações no país. No despacho assinado, o governo justifica a necessidade de uma “análise rigorosa dos impactos da privatização sobre o serviço público ou sobre o mercado no qual está inserida a referida atividade econômica”, retirando dos planos de privatizações as seguintes estatais: Petrobras, Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. – Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), Correios, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep), Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), armazéns e os imóveis de domínio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
No caso da Petrobras, o plano é interromper também as vendas das refinarias que estavam previstas no plano de desinvestimentos da companhia. A nomeação de Jean Paul Prates para a presidência da petroleira, nome que coaduna com as ideias de Lula, coloca ainda mais apreensão no mercado sobre os planos do novo governo para a empresa.